Pancadas e mais pancadas na bola, é com o saque que se inicia um jogo de vôlei. Sua importância se dá também na hora de repor a bola em disputa, tal qual o arremesso lateral no futebol. Porém o saque rompeu o conceito de inserção da bola em jogo. Hoje ele é decisivo e fundamental para o bom desempenho.
- Cada vez mais as equipes estão procurando um saque forte, o que está decidindo muitos campeonatos - disse Lucão, meio de rede da seleção.
Nos últimos 30 anos, a relação saque x jogador evolui de uma forma exponencial. Aliando os saltos com atletas mais altos e uma abordagem mais forte acertando a bola no ar, a evolução permitiu que a reposição de bola fosse transformada numa arma decisiva nas partidas.
A transformação é tão marcante, que na década de 80, os saques atingiam aproximadamente 40 quilômetros por hora, hoje passam dos 100 km/h. Dados calculados por um especialista em biomecânica.
- O jogador se coloca acima da rede no ponto em que ele bate na bola. Então ele consegue imprimir uma grande velocidade horizontal e ao mesmo tempo vertical, como se fosse uma cortada, mas de uma linha de 9 metros, do fundo da quadra. Isso torna a recepção mais difícil pelo jogador adversário - concluiu o especialista Marcos Duarte.
A mudança do treinamento dos atletas também contribuiu para a chegada desse estágio do saque no esporte. Hoje quem joga vôlei tem mais força e treina sempre a melhor pancada na bola.
- O saque passou a ter um papel fundamental no voleibol moderno. Virou um ataque. - lembrou Giovane Gávio, ex-jogador da Seleção.
O Esporte Espetacular analisou o saque e o cérebro humano. Conferiu o desempenho dos atletas de ontem e hoje numa comparação surpreendente. Mostrando o tempo de percepção do atleta ao enxergar a bola e se posicionar. Biologia, física e esporte juntos.
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