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A olimpiada para o renascimento do Ricardinho


A última imagem olímpica de Ricardinho era o abraço entre lágrimas a Bernardinho, com o punho cerrado após o ponto final na vitória sobre a Itália na decisão dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. Oito anos depois, no entanto, o sorriso escancarado ao cruzar o setor de desembarque do Aeroporto de Heathrow, segunda-feira, era muito mais do que apenas um sinal de boas-vindas a Londres. Representava a volta por cima de quem, entre o choro dourado e a alegria em solo britânico, viveu uma histórica recheada de polêmicas e dúvidas até receber uma segunda chance.

Da Grécia ao Reino Unido, Ricardinho viveu o auge com o posto de melhor jogador do mundo, na Liga Mundial de 2007, de onde caiu rapidamente com o corte dos Jogos Pan-Americanos do Rio, meses depois. Ficou também cinco anos longe da seleção e sofreu com os questionamentos de quem nunca entendeu o real motivo de sua exclusão da "família Bernardinho". Vitórias e derrotas que ficaram no passado diante da empolgação do retorno ao solo olímpico.

- Estou muito feliz. Mais uma Olimpíada, com certeza a minha última. Vou tentar aproveitar da melhor forma possível - disse com os dentes à mostra.

vôlei ricardinho bernardinho brasil  (Foto: Agência Reuters)

Convocado até certo ponto de forma surpreendente para a Liga Mundial, Ricardinho admitiu que começou a alimentar ali o desejo de estar em Londres. Tudo sem muita pressão, mas que resultou em uma sensação especial quando foi confirmado na lista.

- Esperava (estar nas Olimpíadas). Depois da minha convocação (para Liga), eu esperava. É gostoso. Sou um cara que luta muito pelas coisas, mas também não sofre muito. Se não viesse, se não tivesse tido a oportunidade, não ia ficar chateado. Obviamente que Olimpíadas são sempre Olimpíadas. Uma emoção diferente. E fico muito feliz por poder estar em mais uma.

O retorno aos Jogos Olímpicos, por sua vez, é em situação bem distinta da que Ricardinho viveu em 2004. Se em Atenas o Brasil chegou como favorito absoluto pelos três títulos da Liga Mundial e um do Campeonato Mundial nos quatro anos anteriores, o panorama atual é de desconfiança. Nada que abale o otimismo do levantador.

- É um grupo muito forte. A garotada ficou sentindo realmente a derrota nas finais da Liga Mundial, algo que não vinha acontecendo. Estamos muito esperançosos de que vamos chegar e crescer na hora certa. E tem que ser esse o pensamento. O que eu procuro passar para eles é de que a Liga acabou, as críticas fazem parte e temos que saber carregar esse lado de em um ano as coisas não acontecerem como esperávamos. Acredito muito.

Na última Liga Mundial, realizada na Bulgária, o Brasil ficou apenas na sexta colocação. Em Londres, a equipe de Bernardinho tem Rússia, Alemanha, Tunísia, Sérvia e EUA como rivais na primeira fase. A estreia está marcada para o dia 29, contra os tunisianos.

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