A ponteira Mari concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e se mostrou bastante decepcionada com o corte sofrido às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres. A jogadora evitou usar um tom mais agressivo ao falar sobre o técnico José Roberto Guimarães, mas deixou muito claro que discorda da opção feita por ele.
"A opção é dele. Não concordo de forma alguma, mas respeito", resumiu a jogadora, que rejeitou os argumentos usados pelo treinador para tirá-la do grupo que disputará a Olimpíada. Segundo nota curta divulgada pela CBV nesta semana, Mari foi cortada por questões técnicas.
"Eu discordo totalmente, seria loucura concordar. Entendo que tenho como ajudar ainda. Ele [José Roberto Guimarães] sempre falou que sou uma craque de bola. Tenho bagagem de duas Olimpíadas e fui titular nas duas, ainda tenho lenha para queimar", disse Mari, referindo-se aos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.
A atacante também falou sobre os supostos problemas de relacionamento que teria com algumas companheiras de seleção e negou, mais uma vez, qualquer conflito.
"Quem fala que tenho problemas de relacionamento não vive o dia a dia da seleção. Conflitos internos sempre vão existir, seria hipocrisia dizer que não, até porque é um grupo de mulheres, mas não está dividido. Esse ano não tivemos problema algum e o clima era muito bom", falou a jogadora.
A atleta revelou ainda que muitas das jogadoras, como a central Fabiana e a oposta Sheilla, choraram ao receber a notícia. "Chorei quando elas vieram me abraçar, mas tive que me acalmar pois voltaria para o Rio sozinha".
Nesta manhã, Sheilla postou foto no Twitter em que aparecia ao lado de Mari e Fabiana e escreveu: "Sentiremos saudades".
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