A Seleção Brasileira feminina de vôlei chegou ao País nesta terça-feira após a disputa da fase final do Grand Prix, na China, mas o sorriso pela volta para casa não esteve no rosto das atletas. O corte da levantadora Fabíola e da central Juciely do grupo fez muitas atletas chorarem e até Dani Lins, garantida na Olimpíadas de Londres com a notícia, admitiu tristeza pela companheira de posição.
Fabíola e Juciely foram cortadas da seleção ainda no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na noite desta terça-feira, pelo técnico José Roberto Guimarães. Agora o grupo conta com 14 atletas, das quais duas serão dispensadas na próxima semana para a definição da lista de 12 jogadoras que vão aos Jogos Olímpicos.
"Na hora todo mundo chorou, a gente não conseguiu conter as lágrimas porque a gente passou quatro anos juntas, é uma jogadora que lutou tanto para realizar um sonho e duas semanas antes de chegar, partir assim. A gente sente a dor da outra", revelou a experiente Mari.
Até mesmo quem garantiu seu lugar na Olimpíada admitiu tristeza pela partida das companheiras. Com o corte de Fabíola, Dani Lins está confirmada como uma das levantadoras brasileiras em Londres 2012, ao lado da veterana Fernandinha, mas o anúncio gerou uma mistura de sentimentos da jogadora do Sesi.Feliz por poder disputar as Olimpíadas na capital inglesa e já pensando em lutar pela titularidade da seleção, ela admitiu angústia por ver Fabíola, eleita melhor levantadora da última Superliga, deixar o grupo do Brasil após presença constante no time nos últimos anos.
"Dá aquele alívio, mas dá certa tristeza porque estou com a Fabíola há três anos lutando para estar aí e a gente vai se separar. Mas é força, bola para frente. Vamos estar lutando com todas as forças para ganhar esse campeonato em nome dela", disse a levantadora. "Estou feliz, estou aliviada e estou triste. São todos os sentimentos misturados aqui dentro", completou.
Fabíola era considerada titular da seleção e perdeu espaço no time após a convocação da veterana Fernandinha, uma das principais responsáveis pelo aumento de produção do Brasil na fase final do Grand Prix. Mesmo assim nos jogos na China, ela foi mais utilizada do que Dani Lins, fato que fez até a própria jogadora do Sesi encarar como surpresa o corte da companheira.
"Fiz um bom papel nas vezes que eu entrei, mas nossa vida é de surpresas. A gente tem que esperar tudo. Um corte sempre é chocante, todo mundo ficou abalado. A gente sabia que isso ia acontecer, mas é chocante na hora", avaliou Dani Lins.
%20(3).png)
0 Comentários