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Alison e Emanuel avisam que querem ouro

Veterano e medalhista olímpico duas vezes, Emanuel traz tranquilidade para Alison. Foto: Marcelo Pereira/Terra

Os brasileiros Alison e Emanuel derrotaram a dupla de vôlei de praia Prudek/Fijalek, da Letônia, na semifinal da Olimpíada de Londres, nesta terça-feira e, com isso, já garantiram uma medalha para o Brasil no esporte. Mesmo assim, os atletas avisam que não se dão por satisfeitos com a prata e vão buscar o ouro no jogo com o vencedor do confronto entre a dupla Brink/Reckerman, da Alemanha, e Nummerdor/Schuila, da Holanda.

"Sem dúvida (ter uma medalha garantida dá tranquilidade), mas a gente não quer pensar em medalha garantida. A gente quer pensar em aproveitar esse momento, descansar hoje (terça-feira), porque amanhã (quarta-feira) a gente já começa a concentração. Normalmente, a gente folga de um dia para o outro na Olimpíada, então a gente tem que se adaptar, estudar o adversário, treinar o adversário, mas aproveitar. Sem dúvida, ser um medalista olímpico já é uma coisa muito gratificante, mas eu vou buscar um ouro ao lado do Emanuel", disse Alison.

Aos 39 anos, Emanuel já conquistou duas medalhas olímpicas - uma de ouro, em Atenas, e uma de bronze, em Pequim - ao lado de Ricardo, que jogou com Pedro Cunha na Olimpíada de Londres e vai para sua terceira final nos Jogos Olímpicos. Experiente, ele contou que aconselhou Alison a encarar a final como um jogo como outro qualquer, mas com mais garra e vontade.

"A final olímpica é como se fosse um outro jogo. Mas a intenção tem que ser maior, a vontade. A gente tem que entrar no jogo realmente como se fosse a última partida da nossa vida. Acho que é isso que eu tenho que dizer pra ele (Alison), porque uma final olímpica realmente é uma coisa muito difícil de ser conquistada, e a gente está lá, então quero que a gente jogue o nosso melhor daqui dois dias", afirmou.

Já Alison, 26 anos, participará de sua primeira final em Olimpíada, mas diz que a experiência do parceiro o ajuda a mantê-lo tranquilo, embora não esconda sua ansiedade com a partida que ocorrerá na quinta-feira.

"Hoje (terça-feira) eu acho que vai ser mais difícil que amanhã (quarta-feira), porque eu estou em uma final olímpica. E amanhã (quarta-feira) já entro em uma concentração muito forte. E é um jogo importante para o País, para gente, para o nosso sonho, mas é mais um jogo. Mas acho que hoje (terça-feira), até cair a ficha de que estou numa final olímpica vai ser difícil", admitiu.

Juntos desde 2010, Alison e Emanuel conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Guadalajara (2011). Apesar do pouco tempo de parceria, os jogadores não escondem a admiração um pelo outro, trocando elogios entusiasmados.

"Esse cara é bom em tudo, e com 39 anos de idade. Ele me ajuda em todos os fundamentos, ele ajuda a me dar tranquilidade. No segundo set, o jogo mudou para mim, eu me agarrei ali, e ele sempre com a calma. É por isso que eu falo, a experiência, a juventude, a euforia, a calma, tudo isso combina muito bem no nosso time", disse o "caçula" da dupla.

"Já vem demonstrando nos últimos anos que o Alison é realmente o jogador do momento, da nova geração do vôlei de praia brasileiro. Eu acredito que ele mesmo evoluiu, ele buscou essa evolução, de querer treinar, de querer aprender, então isso foi muito fácil comigo. Na realidade eu nem dou muitas instruções, a gente se entende já normalmente, acho que essa é a química que a gente já construiu", completou Emanuel.

Alison e Emanuel derrotaram os letões Plavins/Smedins por 2 sets a 0, em um jogo bem mais tranquilo que a última partida, contra a dupla polonesa Prudek/Fijalek, na qual um match point teve que ser salvo para o jogo ser fechado por 2 sets a 1. Com a vitória, Alison e Emanuel esperam agora o vencedor do confronto entre alemães e holandeses. Brink e Reckerman, invictos até agora na competição, encaram Nummerdor e Schuil, que foram derrotados na fase de grupos por Plavins/Smedins.



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