Publicidade

Header Ads

Americanos espionam vitória do Brasil no volei feminino

Americanos acompanharam a vitória do Brasil contra o Japão. Foto: Reuters

Durante a vitória da Seleção feminina de vôlei sobre as japonesas, uma imagem chamou a atenção: atrás de um dos lados da quadra, três cidadãos com a camisa azul marinho acompanhavam todos os lances de perto, anotando informações no laptop e conversando a cada jogada. Eram membros da comissão técnica de Hugh McCutcheon, comandante da seleção dos Estados Unidos, rivais do Brasil na decisão olímpica no próximo sábado.

Os americanos entendem que o duelo final não deve ser do mesmo jeito como foi a vitória da equipe sobre as brasileiras na primeira fase, por 3 sets a 1. Na ocasião, o time dirigido por José Roberto Guimarães patinava dentro dos Jogos Olímpicos, postura que mudou principalmente a partir das quartas de final, com a vitória de virada sobre a Rússia, por 3 sets a 2.

"Eles sempre respeitaram muito, nunca entraram devagar, mesmo quando a gente não estava tão bem. Nós somos um time de respeito, somos fortes, estamos crescendo e com certeza eles vão querer montar uma estratégia diferente", afirmou a meio-de-rede Thaisa. A jogadora crê que o Brasil sabe a receita para mudar o resultado do primeiro duelo entre as duas equipes na competição.

"Acho que primeiro temos que fazer um jogo melhor do que a gente fez, porque a gente não jogou bem, não sacou bem", disse. "A gente sabe que todo mundo que assistiu viu que a gente não estava jogando bem, que a gente não jogou, por exemplo, o que estava jogando hoje (quinta-feira) e anteontem (terça-feira)", emendou ela, citando as respectivas datas das vitórias sobre Japão e Rússia.

"A gente sabe que tem muito mais para dar, a gente vai jogar muito de igual para igual se todo mundo fizer um pouco da sua parte. Sacando bem, jogando seu máximo, vai ser um jogo duríssimo. Tem tudo para bater sim os Estados Unidos, precisa todo mundo jogar bem. Se todo mundo der o seu máximo, sem desistir de bola nenhuma, a gente tem tudo para ganhar", prosseguiu Thaisa.

A líbero Fabi também confia em que as americanas devem estar mais preocupadas do que no confronto da fase inicial. "Acho que também elas devem estar temerosas da maneira que o Brasil reagiu no campeonato. Nós estamos muito felizes, mas ainda não estamos satisfeitas. A gente ainda espera fazer uma partida melhor de todas nessa decisão. É um confronto no qual a gente espera estar mais bem preparada. Depois de tudo que a gente passou nesses últimos jogos, temos que colocar em prática isso aí: o coração, a decisão. Em uma final olímpica, tudo pode acontecer. Já vimos grandes ficando pelo caminho. Chegam mais uma vez Brasil e Estados Unidos. A gente espera que seja uma grande partida e que vença quem for melhor capacitado daqui a dois dias", disse.

Uma das mais experientes do grupo, Fabi afirmou que o time brasileiro não pode entrar em quadra pensando que o currículo da equipe ganhará o jogo sozinho. "É uma camisa (a do Brasil) que tem história, certamente uma história muito bonita de muito mais vitórias e título. É o atual campeão olímpico e as pessoas respeitam. Não tenho dúvidas disso. Mas se você não fizer valer ali dentro a história desta camisa, a gente acaba deixando que qualquer um acredite que possa nos vencer. Foi o que aconteceu na primeira fase, a gente acabou perdendo contra a Coreia, fazendo um jogo difícil contra a Turquia, perdendo contra os Estados Unidos, ficando em uma situação complicada na competição. A gente sabe que uma camisa não ganha jogo, mas ajuda", concluiu.



Postar um comentário

0 Comentários