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Bernardinho diz que pode sair para não prejudicar Bruninho

Segundo Bernardinho, o levantador Bruninho será essencial para a Olimpíada de 2016. Foto: Marcelo Pereira/Terra

Após perder a medalha de ouro olímpica para a Rússia no dia dos pais, Bernardinho se emocionou ao falar do filho, o levantador Bruninho, depois da derrota. Questionado sobre o que sentiu como pai ao ver o atleta chorando ao término da partida, o treinador da Seleção masculina de vôlei também não conseguiu segurar o choro e precisou de alguns minutos para se acalmar antes de conseguir responder.

"Ainda bem que eu não vi", disse Bernardinho, começando a chorar e pedindo um tempo para se recompor. "Ser pai é a coisa mais difícil. Em Pequim, estava dando uma entrevista e me emocionei porque passaram a cena dele chorando. Eu sei o quanto tem sido difícil para ele. Até a relação pai e filho na quadra é muito complicada. Se me perguntarem nestes 12 anos (à frente do time masculino) o que mais me incomodou, é uma certa maldade, se aproveitarem um pouco disso, querer me atingir através dele".

Ainda sem definir sobre sua permanência à frente da Seleção para o próximo ciclo olímpico, o técnico admitiu que uma das maiores razões que o fazem pensar em deixar o cargo é justamente Bruninho. Para Bernardinho, sua saída poderia ser benéfica para o levantador, tirando de suas costas o peso de encarar questionamentos por ser o filho do treinador, mesmo com boas atuações pela equipe nacional.

"Quando faço a decisão a respeito de 2016 eu penso muito nisso, porque acho que ele é um cara fundamental para 2016, e talvez minha presença seja prejudicial. Não posso prejudicá-lo de forma alguma. Se for o caso, talvez esteja na hora de eu ficar à parte. Acho que ele foi o melhor levantador da competição, falo isso como treinador. Ele fez o time jogar", elogiou.

Em seu último jogo como atleta da Seleção, o ponteiro Giba também defendeu Bruninho. O camisa 7 lembrou da trajetória difícil do levantador com o time brasileiro e disse entender por que ele foi um dos jogadores que mais chorou após a vitória por 3 sets a 2 da Rússia.

"Tenho certeza de que aquele choro é um choro de perda, a gente conhece bem o Bruno, e é uma coisa que dói muito nele. É uma coisa de que ele gostaria muito, por tudo o que ele passou", disse Giba. "Tenho orgulho de estar todos esses anos com ele, porque foi um menino que eu vi entrar no ônibus com o olho brilhando quando íamos para Sydney (2000), ele tinha 14 anos. É a segunda medalha olímpica que ganho com ele. Desculpe o palavrão, mas falei que ele era f... mesmo, por passar por toda a pressão que ele passou, por ter o pai como técnico e matar no peito o fato de ser titular da Seleção Brasileira".



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