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Brasileiros relata ofensas de italianos no volei masculino

Dante (dir), tido como um dos mais calmos do grupo brasileiro, chegou a trocar farpas com italianos. Foto: Marcelo Pereira/Terra


Conhecido por ser sempre um confronto onde as provocações tomam conta da partida, o Brasil x Itália da semifinal dos Jogos Olímpicos não foi diferente. Mesmo com a tranquila e imponente vitória da Seleção masculina de vôlei, o jogo foi marcado por alguns momentos tensos, de encaradas e dedo em riste na rede, tendo que contar com intervenções dos juízes para o clima acalmar.

Após garantirem a vaga na final, com um 3 sets a 0 no placar, os brasileiros relataram que foram xingados pelos rivais, principalmente depois do Brasil vencer o primeiro set. Tido como um dos mais calmos do grupo do lado de fora da quadra e um dos mais experientes da equipe, o ponteiro Dante por pouco não perdeu a cabeça com as ofensas proferidas pelo levantador italiano Dragan Travica no segundo set.

"Quem me conhece, fala: 'aquele ali não é o Dante não'. O que não pode acontecer é o desrespeito. Não pode desrespeitar o adversário, isso é o que eu penso, entendeu? Por mais que o placar seja a teu favor ou contra, você tem que ter no mínimo profissionalismo e isso faltou naquele momento. Ele (Travica) é um cara bacana, isso que me deixou mais chateado e nervoso, porque ele é um cara sincero e correto", afirmou Dante, que teve de ser contido pelo líbero Serginho para não tomar uma atitude mais intempestiva.

Após o lance, os brasileiros voltaram a discutir com os italianos quando estavam próximos de fechar a partida. Coube novamente a Serginho apaziguar os ânimos. "Eles tinham que arriscar em alguma coisa, eles xingaram todo mundo do nosso time. Eu fui tirar, a gente estava rodando a bola e já tinha o match point. É uma forma que eles tinham para desestabilizar, mas não conseguiram não".

De acordo com o meio de rede Lucão, a tática dos italianos de tentarem desestabilizar o Brasil emocionalmente, já que na quadra não estavam obtendo êxito, não surtiu resultado porque a Seleção de vôlei manteve a calma em todos os momentos, sem perder o foco de sair da Earl's Court com mais uma vitória e a vaga para disputar a medalha de ouro olímpica.

"Eles começaram a perder, viram que não tinha mais jeito, começaram a arranjar encrenca. Coisa que eles sempre fazem. Mas era só manter a paciência, a gente sabia que estava com um volume de jogo bem melhor que o deles. A galera que se estressou mesmo é só para dar uma moral, sabe que é brincadeira, que no final do jogo acaba. A gente estava com um ritmo de jogo muito bom e conseguiu manter a cabeça fria".

O embate que nos últimos 20 anos já se tornou uma das maiores rivalidades do vôlei mundial ganhou proporções maiores de dois anos para cá. Na semifinal do Mundial de 2010, em Roma, as duas equipes fizeram uma partida tensa com acusações dos dois lados e que também terminou com vitória brasileira, êxito este que depois seria coroado com o título em duelo contra Cuba.

Na ocasião, enquanto os italianos, inflamados por sua torcida, acusavam o Brasil de entregar o jogo para a Bulgária na segunda fase do torneio, entrando sem um levantador na equipe titular e improvisando o oposto Theo na posição, os brasileiros acusavam os rivais de terem sido favorecidos pelo regulamento para não encontrarem nenhum adversário difícil até chegarem na fase decisiva da competição. O fato de muitos atletas da Seleção terem atuado por vários anos na Itália também conta para acirrar os ânimos entre os adversários.



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