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Fabi explica cala boca e desabafa: "deixou chegar o Brasil cresce"

Atleta foi uma das que mais se emocionou com o ouro olímpico da Seleção Brasileira. Foto: Marcelo Pereira/Terra

A Seleção Brasileira feminina de vôlei saiu do inferno ao céu em 15 dias. Viu-se desacreditada por muitos, desde a vitória suada contra a surpresa Turquia, passando pelo tropeço diante das favoritas americanas, até chegar na derrota massacrante para a Coreia do Sul. Ressurgiu, reergueu-se e saiu com o título. Depois de toda a trajetória, veio o desabafo. Logo após a vitória por 3 sets a 1 e a garantia do bicampeonato olímpico, a líbero Fabi resolveu não sofrer mais calada. Desabafou e, com o dedo em riste na boca, foi em direção à câmera e pediu silêncio aos que duvidavam de que aquilo fosse possível.

"É porque muita gente duvidou, a gente viu os outros times aqui falando que o Brasil não é mais o mesmo. Nossos adversários contestando se o Brasil ainda era o mesmo. Não pode dar chance, a gente é brasileiro. Brasileiro tem uma frase que é muito característica: a gente não desiste em momento nenhum", disse a jogadora, 32 anos, uma das mais experientes do grupo.

"A gente passou por essa zona mista alguns dias atrás e falou: 'enquanto houver chance, a gente vai lutar até o final'. Eu falei que a gente ia lutar. Não foi um recado especialmente para ninguém não. Eu falei que aqui é Brasil e Brasil não vai desistir jamais. A gente acreditou mesmo quando a corda estava no pescoço e a vaca estava indo para o brejo. Deram uma brecha e a gente acreditou. Está aí, não pode deixar chegar. Deixou chegar, o Brasil cresce e agora amanhã vamos torcer para os meninos porque eles merecem. Quem sabe a gente não consegue fechar um grande ciclo. Um ciclo olímpico com duas medalhas de ouro", completou a líbero.

A atleta ressaltou que a derrota acachapante pelo Brasil no primeiro set da final contra os Estados Unidos e a recuperação surpreendente nas parciais seguintes resumiram o que foi a competição para a Seleção. Foi uma espécie de resumo das dificuldades que a equipe passou até crescer após uma vitória dramática nas quartas de final sobre a Rússia (na qual o quinto set terminou 21 a 19), uma semifinal em que trucidou o Japão e uma decisão em que dominou as favoritas americanas.

"Ainda não caiu a ficha, a gente só vai ter noção quando olhar na TV", afirmou Fabi. "Esse jogo contou um pouco a história do campeonato. Um primeiro set horroroso, nem lembro o placar. E de repente o time ressurgiu. Acho que deixamos para o jogo final todo enredo da competição e esse foi o gran finale para esse filme que a gente escreveu aqui em Londres".

A levantadora reserva Fernandinha também ressaltou que o grupo nunca deixou de acreditar que a medalha de ouro era possível, mesmo quando dependeu de outros resultados para se classificar.

"Desde a partida contra a China a gente veio crescendo. Eu falei desde o jogo contra a Turquia que a gente iria crescer, muita gente não acreditou, mas eu tinha certeza. Em cada entrevista eu falei que a gente ia crescer e aí está a resposta para todos os brasileiros que não acreditavam. Muito obrigado para os brasileiros que acreditavam na gente, porque essa energia foi muito importante", analisou.



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