Jogadoras do Campinas exaltam Zé Roberto e projetam evolução

Apresentada no último domingo, a equipe feminina de vôlei do Campinas já tem uma missão nada fácil: ficar entre as três melhores do País na Superliga 2012/2013 e botar um fim na supremacia dos times de Osasco e Rio de Janeiro, que dominam a competição desde a temporada 2002/2003.

Medalhista de bronze com a seleção de Cuba nos Jogos de Atenas, em 2004, a oposta Ramirez, que está há três anos no Brasil - já atuou pelo Praia Clube, em 2010/2011, e Minas, em 2011/2012 -, destacou a importância de treinar com o tricampeão olímpico José Roberto Guimarães.

"Ele é um técnico exemplar e vai ser muito bom trabalhar ao lado de uma pessoa tão competente", afirmou a jogadora. "Eu fico extremamente grata por ele ter me escolhido e, com o time entrosado, vamos buscar os melhores resultados".

Tão experiente quanto Ramirez, a central Walewska retornou ao vôlei brasileiro na última temporada. Para ela, que pode estrear pela equipe paulista na posição de ponteira - no lugar de Soninha, que se recupera de uma cirurgia de hérnia de disco na coluna cervical -, o fato da equipe ainda estar se estruturando vai ser o principal obstáculo na busca por títulos.

"Se for preciso, estarei preparada (para jogar de ponteira)", brincou a campeã olímpica. "É difícil começar do zero, tudo é novo ainda para a gente. Mas nós vamos em busca das melhores colocações no Campeonato Paulista e também na Superliga".

Quem também busca resultados expressivos é a levantadora Fernandinha. A última vez que a jogadora atuou no País foi na temporada 2006/2007, pela equipe de Osasco, conquistando o vice-campeonato. Depois disso, passou pela Itália e Azerbaijão, até receber o convite de Zé Roberto para jogar no Campinas.

"Eu fiquei muito feliz dessa confiança dele (Zé Roberto) comigo. Ele é diferente e isso conta muito dentro de quadra", comentou. "Eu já trabalhei com ele na Seleção e, agora, vai ser ótimo ter ele como técnico no clube".

Mas a carreira de José Roberto Guimarães não se resume à Seleção e aos clubes brasileiros. O técnico também comandou o Fenerbahçe, da Turquia, e conquistou o Mundial de Clubes 2010, vencendo o Osasco na final, por 3 sets a 0.

"Eu queria mudar de país para aprender mais de vôlei. Agora que tive essa experiência no exterior e o ciclo se encerrou, a vontade de ser técnico de um clube dentro do Brasil era enorme. Eu estou muito feliz de estar voltando pra casa", afirmou o treinador, que comandou o Pesaro, da Itália, de 2006 a 2009.