A grande vitória da Seleção Brasileira feminina de vôlei na tarde desta terça-feira, contra a Rússia, por 3 sets a 2, pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres, continua sendo muito comemorada pelas atletas. Além da classificação, outra constatação bastante celebrada foi a mudança de postura da equipe de José Roberto Guimarães que, para Thaísa, passou a jogar mais "solta".
"Nós éramos muito boas, mas a gente estava preocupada em fazer tão bem por sermos campeãs olímpicas. A gente botou um peso nas costas muito grande e não estávamos conseguindo jogar soltas e alegres. Quando a gente tirou esse peso, a gente deslanchou. Porque não é o mesmo time de 2008, é outro time, com outra cara. A gente não tem que ficar carregando essa bagagem", explicou a meio de rede.
Um dos maiores destaque do confronto disputado no Ginásio Earls Court foi a raça demonstrada pelas jogadoras brasileiras. A vontade das atletas em vencer a partida contra a Rússia, tradicional rival da seleção verde e amarela, ficou exposta nas palavras de Thaísa.
"Eu não estou conseguindo bloquear ou amortecer, mas eu vou atacar. Pode vir em mim, que eu vou virar bola, vou rodar melhor, vou sacar melhor. Eu estava tentando fazer alguma coisa diferente. Eu não conseguia fazer uma coisa, ia para o ataque. A outra não conseguia defender, sacava melhor. A gente estava completando uma a outra", disse a brasileira.
A postura da Seleção deu certo e a equipe nacional conseguiu avançar para a semifinal mesmo tendo seis match points contra durante o tie-break. Para Fernanda Garay, o fato de o Brasil ter decidido o confronto na primeira chance que teve de fechar o jogo tem a ver com a vibração demonstrada pelo time.
"Nenhum momento a gente deixou de acreditar, claro que teve essa dificuldade, seis match points contra não é brincadeira não. Elas tiveram a vantagem, mas não conseguiram fechar porque a vibração do nosso grupo foi maior. Só pensar no Japão e pensar nessa semifinal", comemorou a ponteira.
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