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Para Giovane, Murilo é mais Nalbert do que Carlão. Relembre outros capitães


Reprodução
Willian com a equipe que formou a geração de prata

William


O levantador recebeu a tarja na geração de prata. Foi o momento no qual o vôlei brasileiro explodiu e coube a Willian, um dos mais velhos do grupo, liderar o elenco.

"Era visto como chato porque tinha que pegar no pé e cobrar. O assédio ficou muito grande e cobrava para que não marcassem eventos ou comerciais em horário de treino, por exemplo. Cobrava para que eles não se atrasassem a treinos ou jogos. A gente tentava organizar, porque não dava para cortar. Era a chance de cada um fazer o pé de meia", lembra William. "Mas acho que perdemos a final olímpica por causa de toda a euforia", completa.

Principais títulos conquistados como capitão: vice-campeão mundial em 1982, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles 1984.

Divulgação
Willian passou o cargo de capitão para Carlão

Carlão


Jogador herdou o cargo de Willian em 1988. Segundo Giovane, companheiro no ouro em Barcelona 1992, ele se transformava em quadra. "Fora de quadra ele era tranquilo, com fala mansa, mas no jogo se transformava de bom moço a matador. Foi o melhor que vi dentro de quadra", analisa o técnico do Sesi.

Carlão também gostava de briga. "Aquilo me motivava. Gostava mais de jogar fora de casa do que dentro, por exemplo. Gostava de jogo quente, com aquelas provocações na rede", confessa o ex-capitão.

Mas Carlão recebe uma crítica. Ele não foi tão atuante com o grupo fora dos jogos. "Ele não conversava muito. Não era que não soubesse fazer, mas não tinha essa característica. Era mais introspectivo", fala Giovane.

Principais títulos conquistados como capitão: ouro nas Olimpíadas de Barcelona 1992 e campeão da Liga Mundial em 1993

Divulgação/CBV
Nalbert foi o capitão da Era Bernardinho

Nalbert


Carlão ainda estava na seleção quando Nalbert chegou. Quando o veterano saiu, em 2000, passou a faixa ao ponteiro. "Pode ser uma evolução do Carlão. Ele era um pouco mais tranquilo em quadra, mas atuava também fora. Era mais equilibrado e desempenhava bem os dois papeis", comenta Giovane, que também atuou com Nalbert até 2004.

"Para ele ser perfeito, teria que ter tido mais relacionamento com Bernardo. Mas isso não foi culpa dele, o Bernardo não deu abertura no começo. Ele não tinha diálogo ou canal aberto com os jogadores. Isso veio depois, nos últimos anos, em 2003 e 2004, quando ele passou a delegar mais as tarefas e dar mais liberdade aos jogadores", analisa Giovane.

Nalbert ficou conhecido como um guerreiro em quadra. Por causa de uma cirurgia no ombro, quase não foi para Atenas 2004, mas seguiu trabalhando e foi convocado. Passou grande parte do torneio no banco, mas ajudou na conquista do ouro. "Se um cara que está quebrado está querendo, como a gente não vai querer? Esse foi um dos melhores exemplos para que a aquela geração desse certo", continua Giovane.

Principais títulos conquistados como capitão: ouro nas Olimpíadas de Atenas 2004, tricampeão da Liga Mundial (2001, 2003 e 2004), campeão mundial em 2002

Divulgação/FIVB
Giba foi ouro em Atenas e depois virou capitão

Giba


Já era ídolo no reinado de Nalbert e ganhou o posto depois da aposentadoria do ex-capitão. Mas a sucessão não foi direta. Sem Nalbert, a seleção foi comandada por Giovane e, depois, por Ricardinho até Giba assumir o posto. "Ele é mais reconhecidos pelos títulos e pela trajetória do que como capitão", comenta Willian.

O novo capitão também passou por lesões, como Nalbert, e quase perdeu as Olimpíadas de Londres, mas conseguiu um lugar no time. "Ele foi importante pela maneira como se doou pela seleção. Ele foi mais um dos líderes e ficou ali, do banco de reservas, passando experiência", diz Carlão.

Principais títulos conquistados como capitão: campeão mundial em 2010, bicampeão da Liga Mundial (2009 e 2010) e duas pratas em Olimpíadas (Pequim 2008 e Londres 2012)

Getty Images
Aos 31 anos, Murilo deve assumir a liderança

Murilo


Já ocupava o lugar de capitão quando Giba não estava em quadra nos últimos anos e deve assumir a função "integralmente". Giovane, técnico do ponteiro no Sesi, o vê como uma evolução dos líderes. "A postura dele está mais para Nalbert que para Carlão, um pouco menos agressivo. E ele pode surpreender e ser a evolução da espécie".



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