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Brasileiros gostam e aprovam teste de “tira-teima” no vôlei


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A bola caiu dentro ou fora da quadra? O sacador pisou ou não na linha? Tais dúvidas estão prestes a acabar no vôlei. Com o objetivo de evitar erros de arbitragem, que passaram a ser cada vez mais comuns devido ao aumento da velocidade do jogo, a FIVB (Federação Internacional da modalidade) estuda a introdução de "tira-teimas" durante as partidas, a exemplo do que já faz o tênis. 

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Testes foram feitos durante o Mundial de clubes, disputado entre os dias 13 e 19 de outubro no Catar. Cada time tinha o direito de solicitar dois "desafios" por set, desde que eles fossem feitos até cinco segundos após o lance considerado duvidoso. Cabia à capitã da equipe a responsabilidade de avisar o árbitro da solicitação, que, por sua vez, acionava o juiz de baixo, que ia até um monitor – que não pode ser consultado pelos times – e esclarecia o problema.

Campeão da disputa, a equipe feminina do Sollys/Osasco gostou bastante da novidade tecnológica. Capitã do time, Jaqueline ficou tão satisfeita que, por ela, a medida já poderia ser introduzida nas finais do Campeonato Paulista, que estão ocorrendo neste fim de mês: 

- Adorei, até porque uma bola pode ser o diferencial do jogo. São jogadas velozes que a arbitragem não vê a olho nu (...) Já vimos vários campeonatos onde a bola tinha sido dentro e o juiz dava fora e aquilo fazia a diferença. Quando isso acontece, você acaba pensando só naquele negócio e esquece do jogo. Querendo ou não, eu ficaria p... da vida e, na próxima bola que fosse atacar, iria com o olho fechado, não ia pensar no que estava acontecendo no jogo.

Entre os homens, a medida também foi aprovada. Levantador e capitão do Sada Cruzeiro, equipe que ficou com a segunda colocação no Mundial masculino de clubes, declarou que o tira-teima é de "extrema importância":

-  Conversando com o árbitro brasileiro que nos acompanhou no Mundial, entendi que algumas questões podem ser revistas, porque ainda vai de sensibilidade do arbitro. Agora, (na definição de) bola dentro e bola fora, o uso da tecnologia é fundamental e extremamente valido.

O sistema tira-teima pôde ser usado pelas equipes em cinco situações: bola dentro ou fora; toque na rede; se um time achar que o rival pisou na linha de saque; se achar que o adversário pisou na linha de ataque; e em uma eventual infração do líbero ao efetuar o levantamento dentro da zona dos três metros. Se a marcação da arbitragem for confirmada, a equipe que solicitou o "desafio" perde uma chance de utilizá-lo.

Nos últimos anos, é possível citar ao menos dois casos em competições importante nas quais a seleção brasileira feminina foi prejudicada pela falta da tecnologia nas quadras em jogos importantes. Na decisão do Mundial 2010, contra Rússia, Sheilla abriria 8 a 6 no tie-break, mas erroneamente o juiz considerou bola fora e a etapa ficou empatada em sete pontos. Posteriormente, as europeias venceram a parcial e a partida, ficando com a taça.

Nas quartas de final das Olimpíadas de Londres, um novo erro e novamente diante da Rússia. Também no tie-break de uma partida emocionante, Fernanda Garay atacou uma bola claramente dentro que ampliaria a vantagem verde-amarela para 12 a 9, mas o árbitro marcou fora. Empolgadas, as russas cresceram no jogo e desperdiçaram sete match points antes de serem derrotadas pelo Brasil, que posteriormente ficaria com a medalha de ouro. 

Curiosamente, Garay atacou uma bola muito parecida durante o Mundial, na partida contra as chinesas do Bohai Bank, ainda na primeira fase. Apesar de concordar com a marcação de "bola fora" feita pela arbitragem, o técnico Luizomar de Moura recorreu ao sistema apenas para testá-lo e, confirmada a decisão do juiz, gostou do que viu. 

- Foi uma novidade que agradou bastante. Ainda não sabemos quando isso vai ser aplicado, o custo, se só vai ter nas principais competições, mas é uma ferramenta importante para o espetacular. Criou-se uma expectativa bacana entre o público quando o desafio era pedido. É emocionante, você fica tenso para saber se estava certo ou errado. Dou nota 10.

Apesar de ainda não haver previsão para isso, William defende que o tira-teima deveria ser usado já na Superliga, que começa em novembro: -  O vôlei masculino é muito rápido e quase impossível de os árbitros acompanharem a velocidade do jogo. Uma bola duvidosa pode definir uma partida, mas com o uso da tecnologia esse erro com certeza não existirá.


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