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Como foi a conquista do Ouro Olimpico em 2004


Se existia alguma dúvida sobre qual é a melhor seleção masculina de vôlei do mundo, ela não existe mais. O Brasil confirmou o favoritismo e conquistou a Olimpíada de Atenas. Agora, o país é o detentor dos quatro principais títulos do esporte: além dos Jogos, também é o atual campeão do Mundial, da Copa do Mundo e da Liga.

A Olimpíada foi conquistada em cima da maior rival: a Itália. Papa-títulos no cenário internacional, os italianos entraram em quadra para lutar contra o tabu de nunca terem ficado com a medalha de ouro. E mais uma vez deixaram o ginásio derrotados. Apostando em bolas rápidas, o Brasil superou o "melhor bloqueio do mundo", nas palavras do técnico Bernardinho, e ficou com o título.

O ouro tem vários significados. Para o país, é um recorde. Superando o trauma da edição sem ouro, Sydney-2000, o Brasil teve em Atenas seu melhor desempenho em Olimpíadas, com quatro conquistas: vôlei masculino, Robert Scheidt e a dupla Torben Grael/Marcelo Ferreira, na vela, e Ricardo e Emanuel, no vôlei de praia.

A vitória da seleção de Bernardinho cumpriu metade do plano "país do vôlei". Nunca o Brasil chegou a uma Olimpíada tão candidato ao título na quadra e na praia, tanto no masculino como no feminino. Ricardo e Emanuel confirmaram o favoritismo na areia. Adriana Behar e Shelda chegaram perto, mas acabaram com a prata. Na quadra, o time feminino, de José Roberto Guimarães, sucumbiu na semifinal, com derrota para a Rússia qualificada como "inexplicável" pelo técnico. E perdeu também a disputa do bronze, para Cuba.

O título do masculino também foi a coroação de uma campanha vencedora. Desde que Bernardinho assumiu a seleção, em 2001, o time só deixou três grandes títulos escaparem -foi vice da Copa dos Campeões-2001 e na Liga Mundial-2002, e bronze no Pan-2003. No total, saiu vencedor de 12 campeonatos, alguns deles históricos.

Em 2002, a seleção conquistou um troféu inédito para o Brasil: o do Mundial. No ano seguinte, outro título inédito: o da Copa do Mundo. Só faltava repetir o título olímpico conquistado pela geração anterior em Barcelona-1992 -da qual apenas Maurício, 36, e Giovane, 33, são remanescentes. E a equipe de Bernardinho sempre deu a entender que só a medalha de ouro interessava em Atenas, ainda mais após as campanhas decepcionantes de Atlanta-1996, ainda com a "Geração de Ouro", e Sydney-2000, com vários integrantes da equipe que hoje forma a Era Bernardinho. Em ambas as edições, o Brasil caiu nas quartas-de-final.

Foi também a vitória da superação e da redenção. Superação do capitão Nalbert, que se recuperou rapidamente de uma operação no ombro para integrar o grupo. Mesmo longe de sua melhor forma física, o ponta teve participação importante na conquista. E redenção de Bernardinho, que chegou ao ouro depois de bater na trave em várias oportunidades. Em 1984, como jogador, ele foi medalha de prata em Los Angeles. Nas Olimpíadas de Atlanta e Sydney, já como técnico, levou o time feminino ao bronze.

Na Grécia, entretanto, o técnico finalmense subiu ao topo do pódio. O começo foi difícil, com um susto para a Austrália na estréia e um jogo eletrizante contra a Itália na segunda rodada. Depois, vitórias contra a Holanda e a Rússia, considerada por Bernardinho como a equipe mais perigosa do torneio, garantiram o primeiro lugar do grupo.

Já classificado para as quartas-de-final, o Brasil poupou os titulares na última partida da primeira fase, e acabou perdendo para os Estados Unidos, na primeira derrota em jogos oficiais desde as semifinais dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em agosto de 2003.

No mata-mata, com a volta dos titulares, a seleção não teve problema. Primeiro foi a Polônia, depois a revanche contra os Estados Unidos, ambos por 3 a 0. Na decisão, de novo a Itália. E outro jogo emocionante, que terminou da mesma forma que tem acabado todos as partidas do Brasil: com a vitória da seleção


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