O "paraibano" Ricardo e o carioca Pedro Cunha, que formam uma das melhores duplas de vôlei de praia da atualidade no Brasil, continuam treinando separados desde o fim das Olimpíadas de Londres. Ricardo, que é baiano de nascimento, mas que há quase 15 anos já mora em João Pessoa e se considera como da terra, treina diariamente na orla da capital paraibana. Já seu companheiro treina nas praias do Rio de Janeiro. São 2.417 km de distância um do outro.
Mas mesmo assim, a dupla está focada para as próximas competições e não perde o ritmo: os dois são os líderes do Circuito Nacional de Vôlei de Praia, com 1200 pontos, e querem vencer a etapa deste final de semana em Curitiba para ampliarem esta vantagem.
- A gente teve uma preparação muito voltada para os Jogos Olímpicos. Foi mais de um ano de treinos intensos e puxados. Mas nesse momento demos uma folga maior. Não queremos ter lesões para ter uma vida mais longa no esporte - justifica Ricardo, se referindo ao fato de cada um estar morando em uma cidade diferente.
Ele diz ainda que a distância provoca alguns problemas, mas que ambos são disciplinados para minimizar esta situação.
- Bate aquela saudade de a dupla estar treinando junto. Mas estamos tentando manter o foco, e cada um com a sua equipe para não sair do planejamento. Queremos continuar liderando o Circuito. Mesmo separados queremos vencer a temporada 2012/2013. Não podemos relaxar - comentou Ricardo.
Para ele, todos os adversários da próxima etapa são fortes. A palavra moleza não existe pelo caminho. E o atleta ainda afirma que outras duplas estão surgindo, e tentando surpreender os mais experientes.
- São grandes times que podemos citar: Emanuel e Alison, Pedro e Bruno Schimidt, Bruno e Hevaldo. Também tem outras parcerias aparecendo. Esses podem ser os principais adversários. Praticamente todos, resumindo. Os mais novos querem o algo mais, e os mais conhecidos nós já sabemos a força que eles têm - disse o campeão olímpico.
Em Curitiba, Ricardo espera encontrar um clima agradável. Sem estar frio, como é de se esperar da região Sul do Brasil. Outra característica da etapa pode ser a força do vento, mas isso não será problema para a dupla durante a competição.
- Soube que no último final de semana estava algo em torno de 18, 19 graus. Sobre o vento, acontece no litoral paraibano constantemente. Estamos preparados para essas dificuldades. Temos que nos preocupar é com os adversários, claro - finalizou.
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