Ao ritmo do rock tocado pelo DJ do Ginásio Poliesportivo do Riacho, em Contagem (MG), antes do jogo e durante os intervalos, o Cruzeiro venceu o Canoas, por 3 a 0, parciais de 25/21, 25/20, 25/21, com shows do ponta Wallace e do ponteiro Leal. O jogo foi válido pela segunda rodada da Superliga Masculina.
O Cruzeiro foi mais organizado em quadra, soube buscar variações para as jogadas de ataque e formas de neutralizar o forte time do Canoas, do técnico Paulão, campeão olímpico em Barcelona-92 e organizador do projeto gaúcho de disputar a Superliga.
Os dois times voltam a jogar no fim de semana. O Cruzeiro recebe o Florianópolis, sábado, às 17h (de Brasília), no Poliesportivo do Riacho, em Contagem. O Canoas permanece em Minas Gerais, onde enfrenta o Minas, domingo, às 12h, em Belo Horizonte, com transmissão ao vivo do SporTV.
Wallace decisivo
Wallace comandou o Cruzeiro no primeiro set. Muito bem assistido pelo levantador William, o ponta do Cruzeiro teve aproveitamento impressionante nos primeiros momentos do jogo. O bloqueio do Canoas tentou de tudo para pará-lo, mas William soube variar as jogadas de ataque, acionando Douglas e Leal, sempre que o time precisava.
A experiência do Canoas, no entanto, não deixou que o Cruzeiro se distanciasse no placar, mesmo tendo fechado a primeira parcial com 8/5. Jogadores tarimbados como Gustavo, Roberto Minuzzi e Xanxa exigiam atenção constante do time mineiro.
O Cruzeiro abriu 16/12, mas uma série de vacilos fez com que a diferença caísse para um ponto. Os gaúchos, porém, retribuíram os erros, e uma falha de Minuzzi na recepção deixou três pontos de vantagem para o Cruzeiro. A troca de saques foi até o final do set, que terminou 25/21 para os mineiros.
Poder cubano
O interessante do começo do segundo set foi o alto número de erros de saques. Os cinco primeiros foram na rede, três dados pelo Cruzeiro e dois pelo Canoas. Quando o saque entrou e houve jogo, o panorama foi um pouco diferente do set inicial, já que o Canoas estava mais ativo em quadra, com a dupla Jotinha-Dentinho se entendendo melhor. Tanto que, pela primeira vez, os gaúchos foram para um tempo técnico em vantagem: 8/7.
A alegria do Canoas durou pouco. O cubano Leal foi para o saque e numa incrível sequência fez com que o Cruzeiro retomasse a dianteira do placar. Leal sacou cinco vezes seguidas e, como se não bastasse, ainda foi de uma eficiência incrível no ataque. O resultado da atuação de Leal foi o 16/11 para o time mineiro na segunda parada técnica.
Para fechar o set, o bloqueio e a defesa do Cruzeiro foram fundamentais. O Canoas teve enormes dificuldades para colocar as bolas no chão. Rogério se transformou num paredão, e por mais que Paulão tentasse mudar o time, o placar do set ficou 25/20 para o Cruzeiro.
Set equilibrado e vitória consolidada
O Canoas tentou manter-se vivo no jogo, já que uma derrota no terceiro set representaria o fim do jogo. Mas não teve jeito. O Cruzeiro continuou concentrado na partida, com cada jogador dando o máximo de si. O diferente deste set é que ele foi mais nervoso, com os jogadores do Canoas pressionando a arbitragem de forma mais intensa. O primeiro tempo técnico chegou com a vantagem de 8/6 para o Cruzeiro.
O destaque do Cruzeiro no terceiro set foi Douglas Cordeiro, que teve aproveitamento excelente nas bolas de meio de rede. Como Leal e Wallace não deixaram o ritmo cair, o ataque mineiro ficou praticamente impossível de ser marcado. O Canoas se valia da experiência de Minuzzi, que cresceu muito em quadra. Além disso, a recepção do time gaúcho melhorou muito, o que fez com o que o Canoas fosse para a segunda parada com 16/15 a favor.
O Cruzeiro precisou de paciência para fechar o jogo. Com Rafinha no lugar de Jotinha, o Canoas se acertou no ataque, o que deixou o jogo emocionante. Até que Leal chegou ao saque e com ele a potência habitual. O Cruzeiro chegou a 25/21 e fechou o jogo em 3 sets a zero. Depois do jogo, rock no ginásio de Contagem.
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