A falta de competições ao longo do ano acaba se tornando outro empecilho para os clubes conseguirem patrocinadores para as suas equipes - sem jogar, o time traz menos visibilidade para a marca, que perde o interesse em investir nele ou, no mínimo, oferece valores mais baixos que acabam não suprindo todas as despesas, como salários, viagens e toda a estrutura necessária para o clube se manter.
Pelo calendário atual, as equipes de vôlei têm a Superliga para disputar entre novembro e abril e, depois disso, terão somente os estaduais, que acontecem, em geral, entre agosto, setembro e outubro. Campeonatos como o Mineiro, o Carioca e o Gaúcho, no entanto, têm poucos times e a duração deles é de apenas um mês, em média, o que faz com que os clubes sigam buscando alternativas de se manterem 'ativos' com amistosos ou quadrangulares preparatórios para a Superliga.
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O único campeonato estadual que consegue juntar mais equipes para fazer um torneio com um maior volume de jogos é o Paulista, que tem sete times no feminino e oito no masculino. Ainda assim, a competição dura apenas dois meses ou um pouco mais do que isso. Já em Minas, a situação é ainda mais crítica: no masculino, cinco clubes disputam o título com apenas um mês de jogos, enquanto, no feminino, apenas duas equipes participaram do campeonato neste ano, que acabou virando um quadrangular.
A situação nos outros estados que têm times participantes da Superliga é a mesma. Quatro ou cinco equipes que disputam o título do estadual por um mês e, depois disso, agendam amistosos para manterem o elenco 'em forma' antes de disputar a competição nacional.
A situação nos outros estados que têm times participantes da Superliga é a mesma. Quatro ou cinco equipes que disputam o título do estadual por um mês e, depois disso, agendam amistosos para manterem o elenco 'em forma' antes de disputar a competição nacional.
Mas o 'excesso de férias' já está começando a incomodar alguns jogadores, que gostariam de ter mais competições ao longo do ano até para possibilitar o crescimento e desenvolvimento do esporte. E eles têm se manifestado até mesmo pelas redes sociais sugerindo melhorias para que todos - tanto os clubes, quanto a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) - saiam ganhando.
O meio-de-rede Gustavo, por exemplo, que já é um veterano do vôlei e foi campeão olímpico com a seleção brasileira, é um dos que comenta o assunto frequentemente pelo Twitter. Atualmente jogando no Canoas Vôlei (RS), o central iniciou um 'debate' sobre o tema pela rede social quando ainda faltava um mês para a Superliga começar e ganhou apoio de outros jogadores.
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Para solucionar essa questão, Murilo, que joga no Sesi, é irmão de Gustavo e o grande nome do vôlei brasileiro atualmente, sugeriu um novo campeonato: uma 'Copa do Brasil' para ser disputada pelas melhores equipes nacionais e preencher o resto do calendário.
"Todos os anos, pedimos a criacao da Copa do Brasil,seria em Janeiro,um fim de semana com os 8 melhores! @Gustavollei dificil entender!unica explicacao seria que os clubes nao só aceitam como gostam da superliga do jeito que esta. Como Prefeito da Superliga vou criar a Copa do Brasil para proxima temporada!", brincou o ponteiro, sugerindo uma mudança séria para o calendário.
A discussão ainda veio à tona de novo há duas semanas, também com Gustavo, que sugeriu a união dos clubes de vôlei do Brasil para conseguirem essa mudança no calendário nacional, ampliando o número de competições e beneficiando os atletas.
Ainda assim, por enquanto, a questão não saiu da rede social, e a Superliga que começa neste final de semana ainda terá apenas pouco mais de três meses de duração.
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