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Unilever/Rio vence o Amil/Campinas fora de casa


A tensão estava no ar para o duelo entre Campinas e Rio de Janeiro, principalmente à beira da quadra. No centro das atenções, José Roberto Guimarães e Bernardinho evitavam olhares. Apenas dois rápidos e frios apertos de mão antes e depois da partida. Se a expectativa de reaproximação entre os dois foi frustrada, as equipes não decepcionaram e fizeram jus ao histórico de conquistas dos seus comandantes. No que mais interessava para os técnicos na noite desta terça-feira – o jogo -, Bernardinho levou a melhor. Mais experiente, o Rio de Janeiro ignorou a pressão na lotada Arena Concórdia, em Campinas, e venceu por 3 sets a 1 (23/25, 21/15, 25/21 e 25/15), pela segunda rodada da Superliga feminina.

O bloqueio fez a diferença para os cariocas. Juciely comandou a equipe nesse fundamento. Foi um verdadeiro paredão, com nove pontos. O título de melhor em quadra, porém, ficou com Natália, decisiva na última parcial. Do lado de Campinas, o destaque individual foi a búlgara Vasileva, que foi a responsável por dar esperanças ao time no terceiro set.

- O mais importante de tudo é ver que a Natália está voltando a atuar em alto nível. Nós ficamos uma temporada inteira sem a Natália. Ela é nosso maior reforço. Em boas condições, poderá nos ajudar muito ao longo da competição. Foi uma boa vitória, na casa de um grande time. Um resultado para dar confiança – afirmou Bernardinho.

Zé Roberto reconheceu a superioridade do adversário no confronto, elogiou particularmente Fofão e Natália, mas também fez questão de ressaltar a importância da entrada de Vasileva.

- Não é muito difícil avaliar o que aconteceu aqui. Nossa quantidade de erros foi enorme, mas o time do Rio de Janeiro mereceu, jogou melhor. A Fofão, na sua simplicidade, distribuiu bem o jogo, e a Natália fez uma grande partida também. Mas também temos motivos para comemorar. Foi o primeiro jogo efetivo da Vasileva e deu para perceber que ela será muito útil para nós no decorrer da competição - analisou Zé, também em entrevista ao SporTV.

Com o resultado, o Rio de Janeiro manteve o aproveitamento de 100% - já havia superado São Cristóvão – para permanecer entre os primeiros, agora com seis pontos. Depois de estrear com triunfo sobre o atual campeão Osasco, Campinas sofreu a primeira derrota e estacionou nos três pontos. Os times voltam à quadra sexta-feira. Rio continua sua excursão por São Paulo para enfrentar Pinheiros, às 20h, enquanto Campinas sai para duelar contra o Rio do Sul, em Santa Catarina, às 20h15.

Sarah Pavan Rio de Janeiro vôlei (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)

Bloqueio faz a diferença para o Rio
O equilíbrio prevaleceu no primeiro set, tanto nos acertos quanto nos erros. Mais regular, o Rio de Janeiro soube aproveitar as brechas e largou na frente, com o bloqueio como arma principal. Juciely entrou em ação, fez três pontos seguidos neste fundamento e colocou o Rio com 9/5. Campinas esboçou reação, mas o Rio foi para o segundo tempo técnico com 16/12. Após a parada, as meninas de Zé Roberto voltaram melhor e encostaram.

Em um belo rali, Natasha ganhou disputa na rede e fez 16/18. O ponto inflamou a torcida, e o time manteve o ritmo. Natasha e Fernandinha pararam Logan Tom no bloqueio e baixaram para um ponto a vantagem do Rio: 18/17. Ju Nogueira teve a oportunidade de empatar, mas mandou para fora. Campinas não desistiu e seguiu na perseguição. Zé Roberto apostou em Vasileva. A búlgara entrou bem, mas o Rio administrou a vantagem e fechou em 25/23 em um ataque de Logan Tom mal defendido por Suelen.

Rio mantém regularidade
O cenário de equilíbrio continuou no segundo set. Campinas começou melhor, com Vasileva e Ramirez bem no ataque, mas o Rio de Janeiro rapidamente neutralizou as estrangeiras e passou à frente em 8/5 com dois pontos seguidos de saque de Nathália. A instabilidade tomou conta das campineiras. A vantagem chegou a 14/9 em um bloqueio de Juciely em Ramirez.

As equipes ainda protagonizaram 34 segundos de rali, com Vasileva colocando a bola no chão. Na sequência, porém, a búlgara errou o saque e permitiu que o time carioca conduzisse a reta final do set com tranquilidade para fazer 2 a 0 em um bloqueio de Juciely: 25/21. Foi o sexto ponto da central do Rio de Janeiro neste fundamento na partida.

Vasileva faz Campinas renascer
A necessidade de reação fez Campinas entrar mais ligada no terceiro set. O início apontou 5/2 para as donas da casa. Mas o bom momento das paulistas durou pouco. Rio de Janeiro já foi para o primeiro tempo técnico na frente. Diferentemente das parciais anteriores, porém, Campinas conseguiu manter a cabeça no lugar para não deixar o adversário deslanchar. A reação culminou com a virada no placar em 17/16.

Percebendo a queda de rendimento da sua equipe, Bernardinho parou o jogo. Rio até voltou à frente do placar na sequência, em 18/17, mas Campinas cresceu de produção, melhorou na defesa e não desperdiçou os contra-ataques. Assim, fechou 25 a 21, com Vasileva, que já começava a se transformar na principal figura da partida.

Fim de papo: Rio cresce no fim
A vitória no terceiro set incendiou a torcida. A empolgação aumentou com uma largadinha perfeita de Fernandinha para fazer 6/4. O Rio de Janeiro tratou de frear a arrancada do Campinas. Natália passou a chamar a responsabilidade. Sarah Pavan também começou a desequilibrar. Um erro de Fernandinha, ao dar dois toques, fez o Rio ir para o segundo tempo técnico com 16/12. Rio continuou firme na defesa e impecável no ataque. A consequência foi um passeio a partir de então. Coube a Natália, eleita a melhor do jogo, fechar em uma pancada que estourou no peito de Suelen: 25 a 15. Fim de papo. Vitória do Rio de Janeiro sobre Campinas. Vitória de Bernardinho sobre Zé Roberto.




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