A classificação final, somada ao desempenho ruim da equipe comandada pelo técnico Renan Dal Zotto na fase decisiva da Liga das Nações, acende um sinal de alerta para a Seleção Brasileira.
A maior preocupação é em relação à principal competição da equipe neste ano, o Campeonato Mundial, marcado para acontecer na Itália e Bulgária, entre os dias 9 a 30 de setembro.
Com um elenco que tem na falta de renovação seu maior problema - a média de idade do grupo que disputou a Liga é de quase 29 anos -, o Brasil terá que torcer também para que as lesões não atrapalhem sua trajetória no Mundial.
Durante a Liga das Nações, inclusive na fase final, Dal Zotto - que assumiu o comando da seleção no lugar de Bernardinho, após a conquista da medalha de ouro na Olimpíada Rio-2016 - enfrentou problemas com as contusões de seus atacantes de ponta.
Ricardo Lucarelli (que nem chegou a disputar a Liga), Lipe e Maurício Souza foram os ponteiros que acabaram cortados por lesão, obrigando o treinador a fazer diversas improvisações durante o torneio.
Retrospecto negativo
Mas apenas os problemas físicos não explicam o fraco desempenho da Seleção Brasileira, que pela quarta vez neste século ficou fora do pódio da Liga.
Antes, o Brasil já havia terminado sem medalhas nas edições de 2008 (4º lugar), 2012 (6º) e 2015 (5º).
Além disso, só na fase final em Lille, o time brasileiro foi derrotado três vezes: França (3 a 2), Rússia, na semifinal (3 a 0), e Estados Unidos (3 a 0), na disputa do bronze.
O título da Liga das Nações acabou ficando com a Rússia, que na decisão venceu a França por 3 sets a 0.
Ponto positivo
Ainda assim, após a derrota para a seleção americana, Renan Dal Zotto tentou encontrar um ponto positivo para analisar a campanha do Brasil.
"Temos que destacar o espírito de guerra. Cometemos muitos erros que não se pode cometer, mas tentamos o tempo todo. Arriscamos em alguns momentos, principalmente no saque, mas era a forma que tínhamos de equilibrar o jogo", afirmou o treinador ao site da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
O levantador titular Bruninho admitiu a frustração pela quarta colocação da seleção em Lille.
"A medalha era muito importante para todos nós, que seria muito valiosa e honrosa pela competição e todas as dificuldades que tivemos. Hoje o voleibol está muito equilibrado. E nós precisamos trabalhar, treinar, e com a quantidade de viagens, ficou muito difícil. O resultado machuca. Ficar fora do pódio dói, mas estou orgulhoso do que esse grupo fez", afirmou.
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