Publicidade

Header Ads

Emanuel vê avanço no combate ao doping no esporte

Nas duas décadas de carreira nas areias, Emanuel vê com clareza a evolução do controle antidoping na modalidade. Apesar de, no Brasil, apenas duas etapas (em média) do Circuito Brasileiro por temporada terem realização de exames antidoping, o acompanhamento dos atletas que disputam o Circuito Mundial e almejam chegar às Olimpíadas está cada vez mais intenso e sofisticado.

Atualmente os 42 primeiros atletas do ranking mundial feminino e masculino integram um programa da Wada chamado "Whereabouts". Nele, os atletas são obrigados a informar à agência em que endereços podem ser encontrados em caso de viagem, podendo ser testados de surpresa a qualquer momento. Em 2012, ano em que conquistou a prata olímpica nos Jogos de Londres, Emanuel realizou 11 exames antidoping, três dos quais foram feitos em sua própria casa, sem aviso prévio. Caso o jogador não informe onde pode ser encontrado, recebe uma advertência, o que já aconteceu com o paranaense em uma oportunidade. A soma de três advertências equivale a um resultado positivo.

- Houve uma evolução grandiosa no controle, da mesma forma que a exposição de atletas a nível de Olimpíadas está crescendo no mundo. As pessoas em casa muitas vezes não sabem, mas a Wada faz um trabalho "fora treino" muito eficiente, vai à minha casa e às de vários outros atletas. Todos os esportes olímpicos têm que estar de acordo com todas as regras. Acho que todos os atletas do vôlei de praia já têm essa consciência desta necessidade.

Comissão de atletas da Wada
Nome País
Claudia Bokel Alemanha
Felipe Contepomi Argentina
Matt Dunn Austrália
Frank Fredericks Namíbia
Nina Kemppel Estados Unidos
Alberto López Moreno Espanha
Cydonie Mothersill Ilhas Cayman
Emanuel Rego Brasil
Katarzyna Rogowiec Polônia
Ben Sanford Nova Zelândia
Beckie Scott Canadá
Daichi Suzuki Japão
Annelies Vandenberghe Bélgica
Yang Yang China

 Em julho 2011, um caso envolvendo justamente um atleta do vôlei de praia colocou em dúvida a credibilidade do único laboratório credenciado pela Wada no Brasil, o Ladetec. Após acusar o uso de anabolizantes por parte do carioca Pedro Solberg, o laboratório foi processado pelo atleta, que acusou erros na cadeia de coleta e obteve resultado negativo em contra-prova realizada na Alemanha. O Ladetec foi proibido pela Wada de realizar exames de IRMS, que avalia se a testosterona encontrada é de origem exógena ou endógena, por seis meses. E o jogador acabou absolvido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), mas sofreu sérios danos a sua imagem e perdeu a parceria com Ricardo - ao lado de Márcio, não obteve classificação para os Jogos de Londres.

No dia 1º de dezembro de 2011, o Diário Oficial da União publicou um decreto que instituiu a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) na estrutura do Ministério do Esporte, atendendo à exigência da Wada para criação de um órgão específico de controle de doping no país, compromisso assumido na candidatura do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016.

- Acredito que em função dos pequenos probleminhas que houve no passado, o Ministério dos Esportes criou a ABDC, já em função dessa necessidade. Acho que foi detectado que era preciso uma estrutura mais séria, e acho que essa agência vai suprir todas essas necessidades em relação ao doping nos próximos anos. É algo necessário porque temos que ter credibilidade para sediar grandes eventos. A Copa e as Olimpíadas estão vindo aí, e temos que ser um dos melhores neste sentido - completou Emanuel.



Postar um comentário

0 Comentários