Cruzeiro e Campinas fizeram um jogo excelente no Ginásio Poliesportivo do Riacho, em Contagem, marcado pelo equilíbrio e pelo talento dos jogadores dos dois times. A partida foi nervosa, com a arbitragem sendo questionada em vários momentos pelos jogadores dos dois times. A vitória do Campinas, por 3 a 0 (25/23, 25/22, 25/21), foi justa, mas a diferença no placar não revela a paridade dos dois times em quadra.
O time paulista foi comandado por Diogo, praticamente perfeito em quadra, e por Renato, eleito o melhor da partida. Wallace foi o destaque do Cruzeiro, que também teve no líbero Serginho outra grande figura.
O Cruzeiro volta a jogar sábado, às 21h30m (de Brasília), contra o Vôlei Futuro, novamente em Contagem, na reedição da final da Superliga do ano passado. O Campinas permanece em Minas Gerais, onde enfrenta o Minas Tênis Clube, também no sábado, só que às 16h.
Força de Diogo
O Cruzeiro começou o jogo ligado, com praticamente todos os fundamentos funcionando bem. O levantador William conseguiu uma boa sequência no saque, o que, somado à eficiência de Douglas Cordeiro no bloqueio, deixou o time mineiro três pontos à frente. O Cruzeiro foi para o primeiro tempo técnico com 8/5 a seu favor.
O Campinas, porém, não estava morto em quadra. Muito pelo contrário. Rivaldo foi para o saque e deixou o jogo empatado. O Cruzeiro teve um apagão que deixou o time paulista com 11/9 de vantagem. Com os nervos no lugar, após um tempo pedido por Marcelo Mendez, os mineiros reequilibraram o jogo, mas quem foi para a segunda parada técnica na frente foi o Campinas: 16/15.
Na volta para a decisão do primeiro set, o jogo foi eletrizante, com cada ponto sendo disputado com plena dedicação das equipes. O fator fundamental para a vitória do Campinas no set, por 25/23, foi a excelente atuação do ponteiro Diogo, que desmontou o sistema defensivo do Cruzeiro, com ataques precisos e potentes.
Paciência e equilíbrio
O ritmo do início do segundo set foi eletrizante. Os times trocaram pontos, se alternando na frente do placar. Num bom momento do oposto Wallace em quadra, o Cruzeiro foi para a primeira parada vencendo por 8/6.
O ponto forte do Campinas na partida foi a frieza. Mesmo em momentos desfavoráveis, quando estava atrás no placar, o time do interior paulista não se deixou abater, mantendo o foco e a concentração. Assim sendo, o Campinas virou o placar novamente, indo para o segundo tempo técnico com 16/15 a seu favor.
O final do set manteve a tônica do equilíbrio e da disputa acirrada até os momentos finais. Marcelo Mendez trocou Acácio por Rogério, mas a mudança não surtiu efeito, ainda que o camisa 14 do Cruzeiro tenha entrado bem na partida. Marcos Pacheco também mexeu no Campinas, ao promover a entrada de Jurquin, que, com um saque potente, ajudou sua equipe a fechar o set em 25/22. O ponto final foi, mais uma vez, de Diogo.
Vitória consolidada
No terceiro set, foi o Campinas quem começou pilhado. Além de acertar suas jogadas, contava também com erros infantis do Cruzeiro, que parecia desnorteado em quadra. Os campineiros foram para a primeira parada técnica vencendo por 8/4.
A bronca do técnico Marcelo Mendez mexeu com o brio dos jogadores cruzeirenses, que voltaram totalmente diferentes. Tanto que numa incrível sequência de Douglas Cordeiro no saque, o Cruzeiro virou o placar, contando também com bloqueios de Wallace e Rogério. O ginásio em Contagem virou um caldeirão e o barulho da torcida passou a ser ensurdecedor. Na segunda parada técnica, o placar mostrava 16/15 favorável ao Campinas.
Os jogadores do Cruzeiro perderam de vez a paciência com a arbitragem após um ataque do cubano Jurquin, que foi bloqueado. Segundo os árbitros, a bola foi para fora, o que revoltou os cruzeirenses, que não conseguiram manter a concentração. O alto nível da partida foi mantido até o fim e o Campinas, sempre com Diogo, fechou o set em 25/21 e o jogo em 3 a 0.
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