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Zé Roberto conduz time que pretende ser a 3.ª força neste ano

 O pacato clube Concórdia, localizado no distrito campineiro de Sousas, é o lugar escolhido pela nova equipe do Vôlei Amil para mandar seus jogos. O clube, fundado pela colônia alemã em 1870, ganhou fama graças ao seu coral, que cantou em homenagem a D. Pedro II em 1875, quando o Imperador visitou a cidade.

Com 58 anos, Zé Roberto pretende criar raízes em Campinas - Evelson de Freitas/Estadão
Evelson de Freitas/Estadão
Com 58 anos, Zé Roberto pretende criar raízes em Campinas

É em Campinas que o técnico José Roberto Guimarães, ele mesmo um interiorano de 58 anos, de Quintana (perto de Marília), pretende criar raízes, depois de encerrar um ciclo na Europa. Ele foi treinador do Pesaro, da Itália (2006 a 2009), e do Fenerbahçe, da Turquia (2010 a 2012). A oportunidade de conhecer o vôlei europeu por dentro foi fundamental, diz ele, para acumular conhecimento tático. Zé coletou dados sobre as principais atacantes das equipes adversárias, o que foi valioso na hora de montar as estratégias de bloqueio que ajudaram o Brasil a conquistar o bicampeonato olímpico. Longe das adversárias, Zé Roberto agora vê jogos da Europa pela TV a cabo e pela internet. "Agora aproveito para acompanhar melhor as jogadoras jovens do Brasil."

Por falar em questões domésticas, Zé Roberto não quer no ginásio do Concórdia, perto da Serra das Cabras, onde se situa o ponto culminante de Campinas (1.078m), ficar ruminando questões que já deveriam ter sido digeridas, em seu entender. Ele não pretende dar respostas a Mari. A ponteira reclamou em entrevista à revista Isto é 2016 de ter sido cortada, e diz que seu afastamento foi mal assimilado pelas colegas de equipe. O treinador lembra que o problema de Mari foi técnico - ela simplesmente não era mais a Mari que superava bloqueios e colocava a bola na quadra adversária. Mas frisa que as portas da seleção estão abertas, desde que Mari volte a jogar bem. "A seleção não está aberta apenas a ela, mas a todas as jogadoras do Brasil. A seleção não é minha, é do Brasil", argumenta. "Para estar na seleção, é necessário ter postura, conduta, tranquilidade e responsabilidade."

AS ASPIRAÇÕES DO VÔLEI AMIL
Enquanto o calendário de atividades da seleção em 2013 não se inicia, Zé Roberto se entrega ao trabalho no Vôlei Amil, cuja meta não é nada modesta: romper o monótono duopólio Unilever/Osasco. Com diferentes denominações, essas equipes fizeram as finais das últimas oito edições da Superliga. Mas o objetivo não é para este ano. Na atual Superliga, Zé ficará satisfeito com um terceiro lugar.

O time já mostrou força no Paulista. Deixou para trás o Sesi, que conta com Dani Lins, Fabiana e Tandara (todas campeãs olímpicas em Londres), além de Sassá (ouro em Pequim), e foi à final, que perdeu para o Osasco.

O Vôlei Amil foi criado graças à paixão de Zé Roberto por cavalos. Assim ele estreitou a amizade com o médico Jorge Ferreira da Rocha, que pratica equitação e é executivo do plano de saúde. "Eu quero montar bem e ter uma comunicação melhor com o cavalo. E o doutor Jorge me ajuda, porque ele começou a montar depois dos 50 anos de idade e conseguiu até disputar a Olimpíada de Sydney no adestramento."

Como o cavaleiro Jorge passou a se interessar mais por vôlei, surgiu a proposta de montar um time, pensando na exposição propiciada pelos Jogos de 2016. Zé Roberto chamou cinco jogadoras da seleção brasileira B e contratou a búlgara Vasileva, destaque na Superliga. O time galopa por fora. Por enquanto.


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