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Sollys/Osasco vence no tie-break, mas Unilever termina na ponta


Natália chegou a Osasco com uma certeza: voltar a jogar no José Liberatti, agora do outro lado da rede, não seria fácil. E não foi. Com cartazes espalhados pelas arquibancadas, a ponteira foi o alvo da torcida da casa durante toda a noite de sexta-feira. A pressão funcionou. Mal em quadra, a jogadora não conseguiu ajudar o Rio de Janeiro no clássico contra seu maior rival. Com Jaqueline, Fernanda Garay e Adenízia inspiradas, Osasco se recuperou de um início ruim, segurou a reação das cariocas e venceu por 3 sets a 2, parciais 27/25, 25/23, 30/32, 23/25 e 17/15, em três horas de vôlei da melhor qualidade.

Apesar da vitória, o Osasco viu escapar entre os dedos a liderança da Superliga. Como precisavam dos três pontos para tomar a ponta da tabela do Rio de Janeiro, as paulistas fecharam com 44 pontos, enquanto as rivais terminaram com 45. O time de Bernardinho, então, enfrenta o Rio do Sul, oitavo colocado, nas quartas de final. O primeiro duelo será já nesta terça-feira, às 21h, no Maracanãzinho. O Osasco, por sua vez, encara o Minas, sétimo, às 18h30m, no José Liberatti, no mesmo dia.

- Estava muito bom para ser verdade aqueles 2 sets a 0. Mas sabíamos que iríamos ter momentos de dificuldades, como tivemos. Não fica a mágoa pela perda da liderança. Quando chegou o quinto set, Luizomar falou: "Não importa o que aconteça, vamos vencer esse jogo". Então, perdemos a liderança, mas estamos muito felizes com essa vitória - analisou Jaqueline.

O jogo também foi marcado por discussões. Bernardinho e Luizomar de Moura passaram o tie-break discutindo. A torcida entrou no clima e tornou o clássico ainda mais nervoso. Ao fim da partida, um princípio de confusão chegou a ser formado entre o técnico do Rio e o supervisor do time paulista, Benê Crispi, mas sem chegar às vias de fato. Os dois também já haviam se estranhado durante o quarto set.

- No começo do quinto set, eu tirei a Fofão. Ele (Luizomar) começou do outro lado com uma atitude deplorável, começou a pedir respeito. Eu tirei porque ela estava cansada e eu preciso dar ritmo para a Roberta em jogos desses. Acho que ele deixou se influenciar pelo clima quente aqui. Tensão excessiva. Não aceito nem o cartão que eu tomei. Vou recorrer - desabafou Bernardinho.

Do lado paulista, Luizomar encarou o incidente com naturalidade.

- Jogo é assim mesmo. Existe uma grande rivalidade, duas equipes querendo muito. Mas é coisa de jogo. Cada um defendeu o seu, eu continuo respeitando o Bernardo, vida que segue. Temos de pensar nas quartas de final - disse Luizomar de Moura.

Jaqueline e Fernanda Garay comemoram ponto do Osasco no vôlei contra o Rio de Janeiro (Foto: Fabio Rubinato/AGF/Divulgação)

Rio sai na frente, e Osasco tem virada sensacional

"Saca na Natália", a torcida gritava. A ponteira do Rio de Janeiro até defendeu a primeira bola em sua direção no retorno a Osasco, mas, no ataque, mandou para fora. As vaias aumentaram, mas a jogadora parecia não se importar. Como em todo o histórico entre as equipes, o jogo se mostrava tenso e equilibrado. Dos dois lados, muita vontade e até um pouco de afobação. Sheilla, com a ponta dos dedos, fez bela defesa, mas o juiz marcou bola dentro. O Rio, então, foi para a primeira parada técnica em vantagem (8/7).

E a equipe carioca cresceu. Através da canadense Pavan, principal arma de ataque do time, abriu 11 a 8 também explorando o nervosismo das paulistas. A cada pedido de tempo, o animador do ginásio pedia que a torcida ajudasse. E o Osasco conseguiu equilibrar o jogo com a vibração de Adenízia, que marcou dois pontos seguidos, incendiou as arquibancadas e diminuiu a diferença para apenas um ponto (19/20).

O Rio, com Gabi, abriu três pontos novamente, mas as donas da casa voltaram a se recuperar e empataram em ataque de Jaqueline (23/23). A virada veio justamente no erro da maior arma rival. Depois de levantamento de Fofão, Pavan mandou para fora, e o Osasco passou pela primeira vez à frente no placar (25/24). O Rio empatou, mas Natália, sempre pressionada pela torcida, mandou um ataque na rede e foi xingada mais uma vez. No ponto seguinte, Fernanda Garay soltou uma bomba para fechar o set: 27/25.

Adenizia na partida de vôlei do Osasco contra o Rio de Janeiro (Foto: Fabio Rubinato / AGF / Divulgação)

Osasco cresce e domina o set

A vitória no primeiro set animou. Mais atento e mais eficiente, o Osasco abriu 4/0 na segunda parcial. Sheilla, atrás da linha de três, empolgou a torcida com bela deixadinha. Enquanto isso, Natália seguia como alvo das arquibancadas, e o Rio já não tinha a calma do início do jogo. Nem mesmo os ataques de Sarah Pavan funcionavam mais. As donas da casa se aproveitaram e fizeram 11/5 em bloqueio de Thaisa sobre a canadense.

Àquela altura, o Osasco reinava absoluto. Aos poucos, porém, o Rio conseguiu se recuperar. Em ace de Amanda, diminuiu a diferença para apenas um ponto (15/14). Mas a reação não foi suficiente para repetir a virada das rivais no primeiro set. Com Jaqueline, Adenízia e Fê Garay inspiradas, as paulistas fecharam a parcial em 25/23, depois de saque para fora de Sarah Pavan.

Rio vence parcial polêmica

O Rio tentou voltar ao jogo no terceiro set. Conseguiu se recuperar e dificultou a vida do Osasco em quadra. No início, as donas da casa continuavam melhores. Tanto que Juciely, irritada com sua atuação, saiu de quadra chorando na metade da parcial, ao ser substituída por Bernardinho. Só que as cariocas ainda não haviam desistido. Tomaram a frente no placar e tornaram o fim do set alucinante.

As cariocas chegaram ao set point, mas o Osasco empatou. O Rio tentava pôr fim ao set, mas as paulistas pareciam ter o barulho da torcida como combustível. Sheilla, que andava um tanto apagada no jogo, também cresceu na reta final. As donas da casa chegaram a comemorar a vitória em uma suposta bola para fora de Gabi, mas o árbitro flagrou um desvio. Foi quando Juciely se recuperou. Em dois pontos seguidos, fechou a parcial em 32/30, para o desespero das jogadoras de Osasco, que saíram de quadra reclamando muito da arbitragem

O Rio manteve o embalo para o quarto set, enquanto o Osasco ainda parecia irritado com a parcial anterior. As cariocas começaram na frente, mas, aos poucos, as donas da casa recuperaram a calma. Sheilla cresceu no jogo, e o time paulista equilibrou a partida. Gabi e Fabi, no entanto, faziam a diferença pelo time do técnico Bernardinho, que abriu 23/19 no placar.

O Osasco tentou reagir. Em ponto de Ivna, conseguiu evitar o primeiro set point das cariocas. Thaisa, na sequência, salvou mais um, em belo ataque pelo meio. Mas foi só. Valeskinha, no meio, conseguiu bela largadinha e fechou o set: 25/23.

Em tie-break tenso, Osasco chega à vitória

Antes mesmo do começo, o tie-break se mostrou tenso. Bernardinho e Luizomar de Moura discutiram fora da quadra, e Fabi entrou no meio. O árbitro, então, mostrou amarelo para as duas equipes. O equilíbrio se manteve na parcial final. Em uma bola para fora de Jaqueline, o Rio chegou à primeira virada de quadra na frente, com 8/7.

O clima continuava quente, e Bernardinho e Luizomar voltaram a se estranhar. Jaque se recuperou e fez com o que o time da casa abrisse 10/8. O Rio conseguiu se recuperar e virou o placar em uma falha infantil de Fabíola, que errou o tempo da bola em levantamento. Só que foi a vez de Osasco se recuperar. Em ponto de Jaqueline, fechou o jogo em 17/15 e fez a festa da torcida no José Liberatti.




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