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Comissão de atletas se une por mudanças no vôlei nacional


O vôlei brasileiro precisa de mudanças. Este é o consenso entre todas as partes envolvidas na modalidade, principalmente após a Medley anunciar na última segunda-feira que não manterá o apoio ao time masculino de Campinas (SP).
Para que o rumo seja alterado, os jogadores já estão se mobilizando. Além de uma campanha promovida no Twitter (veja mais abaixo), cinco atletas foram escolhidos e já compõem uma comissão que atuará ao lado da Confederação Brasileira (CBV) para buscar soluções.
Gustavo (Canoas), William Arjona (Sada Cruzeiro), Bruninho (RJX), Murilo (Sesi-SP) e Lucarelli (Vivo/Minas) se reuniram pela primeira vez com a CBV no fim de janeiro.
O encontro contou com um representante da CBV, o superintendente Fábio Azevedo, além de o atual presidente da Federação Internacional (FIVB), Ary Graça – que ainda dirigia a confederação nacional.
Em pauta, foram colocadas sugestões de mudanças no calendário do vôlei nacional, a criação de novas competições e de um Jogo das Estrelas. Tudo para tornar o vôlei mais "atrativo" para as empresas.
– Nós pedimos alterações, mas há vários pontos a serem considerados. Estamos em negociações e a confederação se mostrou muito aberta conosco. Espero que nos escutem e consigam fazer estas mudanças em breve – afirmou Gustavo, em entrevista ao LANCE!Net.
A ideia, de acordo com o central de Canoas, é estender a Superliga por um período maior. Assim, os patrocinadores ganhariam mais tempo de visibilidade no ano.
A preocupação dos jogadores em relação aos patrocinadores vai além do fim do Medley/Campinas. Vôlei Futuro, Super Imperatriz e São Bernardo são outros três exemplos de equipes que, pelo mesmo motivo, não têm garantias de que existirão na próxima temporada.
Procurada pela reportagem do L!Net, a CBV alegou falta de tempo e não se pronunciou sobre o tema.Bate-Bola com Gustavo, central de Canoas e um dos cinco integrantes da comissão de atletas
Qual é o problema do vôlei brasileiro no momento?
O problema é que estamos preocupados. É a saída dos patrocinadores. O Medley é o mais importante, mas há outras equipes, como o Super Imperatriz, o Vôlei Futuro e o São Bernardo, cujos futuros estão indefinidos. Estamos preocupados com as equipes. Não queremos ver uma Superliga com oito times.
Quais propostas foram levadas à CBV na reunião que vocês tiveram?Nós demos algumas ideias. Nós queremos calendários mais longos, de pelo menos sete meses, para tornar a Superliga mais atrativa.
Problemas semelhantes no basquete se resolveram com a criação da liga independente. É um caminho?Não vou dizer que nunca pensamos nisso. Mas, neste momento, não. Não vamos brigar com a CBV e montar uma liga sem razão alguma. Daqui um, dois anos, se nada mudar, podemos partir para isso.
Vocês temem ter de voltar a jogar no exterior por causa destes problemas da Superliga?Esse é o medo que todos nós temos. Todos nós queremos jogar no Brasil. Mas, se as condições continuarem piorando, os nossos principais jogadores irão embora.
O que os jogadores propõem
Calendário
A principal mudança, na visão dos jogadores, tem de ocorrer no formato do calendário do vôlei nacional. Do jeito que está hoje, a Superliga é muito curta e pouco atraente para as empresas que patrocinam as equipes, dizem os atletas. A ideia é estendê-la e intercalá-la com outros torneios. Os estaduais, por exemplo, seriam disputados ao mesmo tempo da competição nacional.
Também foi pedido pelos jogadores que a Superliga não comece após os torneios disputados pela Seleção Brasileira. A ideia é iniciar a competição e, caso haja alguma disputa do time nacional no mesmo período, interrompê-la e retomá-la posteriormente.
Novo campeonato
Para aumentar o período de atividade das equipes nacionais, Gustavo também citou a criação de um novo torneio de clubes – uma espécie de Taça Brasil. Atualmente, apenas a Superliga é disputada por equipes de todo o país.
Jogo das EstrelasCom vistas a uma maior exposição na televisão, há tempos os atletas pedem a realização de um fim de semana de eventos, nos mesmos moldes do que já ocorre no basquete, no NBB.


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