Publicidade

Header Ads

Após pressão por título, jogadores veem futuro do RJX incerto



No segundo ano de disputa na Superliga Masculina de vôlei, o RJX, time que recebeu maior volume de investimentos para a competição, chegou ao ambicionado título nacional. A conquista poderá ser o impulso necessário para a manutenção do caro time, bancado pela EBX, empresa do bilionário Eike Batista. Os contratos de grande parte dos jogadores e comissão técnica terminam no mês que vem, e, diante do cenário incerto de muitas empresas, todos evitam falar abertamente sobre o futuro. São unânimes em apontar que desejam que o projeto vitorioso na temporada encerrada neste domingo siga em frente.

Ao fim da partida final em derrotaram o Sada/Cruzeiro por 3 a 1 sets (15/25, 25/18, 25/18, 25/14), boa parte dos jogadores não escondeu que havia uma pressão grande para que a equipe levantasse a taça desta vez. No campeonato passado, sucumbiu nas semifinais para o Vôlei Futuro. Diante do alto investimento e do time recheado de jogadores que estão ou já passaram pela seleção brasileira, a conquista da Superliga era o único resultado aceitável, dentro até mesmo do elenco.
"Teve uma pressão muito grande, sim. Trouxemos grandes jogadores, foi um grande investimento. Não chegava a ser uma obrigação, mas é claro que todo o investimento feito ocorre visando uma conquista", afirmou o meio de rede Lucão, que participou do time montado no ano passado, e ajudou a indicar jogadores para formar o elenco da temporada 2012/13.
"A gente espera que o apoio se mantenha. Sabemos que o vôlei depende de patrocinadores. Acontece de algumas empresas entrarem em dificuldades e saírem de um projeto. Mas acredito que o RJX será mantido desta forma", acrescentou.
RJX venceu a Superliga pela primeira vez Foto: Alexandre Arruda/CBV / Divulgação RJX venceu a Superliga pela primeira vez Foto: Alexandre Arruda/CBV / Divulgação
O treinador Marcelo Fronckowiak faz coro com Lucão, e admite que havia uma grande expectativa para a conquista do título. Com contrato vencendo em maio, o Fronckowiak disse esperar que o projeto do RJX seja mantido.
"Formamos uma equipe vencedora, e que poderá ir muito em frente. Mas não sei do futuro, o vôlei passa por um momento delicadíssimo, com quatro equipes que já perderam seus patrocínios. Acho que é hora de repensar nosso calendário, e proporcionar algo que dê mais exposição aos patrocinadores", opinou.
Para o levantador Bruninho, diante do potencial da equipe, a expectativa geral era que o RJX alcançasse, pelo menos, a final da competição. Ele pontuou, no entanto, que outro grande objetivo, que era fazer com que o público carioca voltasse a participar do cenário do vôlei masculino, foi cumprido.
"A pressão existiu (por bons resultados). Mas a maior pressão mesmo vinha de dentro, do vestiário. Não gostamos de perder, somos um elenco vencedor", observou o filho do treinador da Seleção Brasileira masculina, Bernardinho.
Time carioca virou final contra o Sada/Cruzeiro: 3 sets a 1 Foto: Alexandre Arruda/CBV / Divulgação Time carioca virou final contra o Sada/Cruzeiro: 3 sets a 1 Foto: Alexandre Arruda/CBV / Divulgação
Coordenador técnico do projeto RJX, José Inácio Sales informou que a tendência é que a equipe siga disputando a Superliga e demais competições do alto escalão do vôlei. Ele, no entanto, foi evasivo ao ser questionado sobre a continuidade do forte apoio financeiro ao time de vôlei.
"A Associação Esportiva RJX tem suas atividades sociais e de formação. E a tendência é seguir progredindo, jogando a Superliga, em competições de alto rendimento. Essa é sempre a perspectiva que se tem a partir de um momento em que há um compromisso com o esporte, e sobretudo, com a CBV. Estou falando de um clube. A preocupação é o fato de que algumas equipes sucumbiram, e daí, as interpretações, são as mais diversas", afirmou.
O presidente da CBV, Ary Graça Filho, não demonstrou muita preocupação com o fato de algumas equipes já terem perdido patrocínio, e com as dúvidas em relação ao RJX. Segundo ele, ao mesmo tempo em que alguns apoios terminam, outros começam.
"É como os jovens falam, a fila anda. Se sai um, tem uma fila de interessados querendo entrar. Todo fim de temporada é o mesmo papo", comentou.



Postar um comentário

0 Comentários