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Fabi se preocupa com estresse de Bernardinho e confessa: 'Já chorei'


Com o término na temporada 2012/13 da Superliga feminina de vôlei, o técnico Bernardinho deixa temporariamente as meninas do Rio de Janeiro e se dedica ao trabalho na seleção brasileira masculina. O que não muda é o jeito explosivo. Em oito anos de convivência, a líbero Fabi revelou ao "SporTV Repórter" que já foi às lágrimas com as broncas do treinador. Porém sabe que o comandante busca apenas o melhor para cada um de seus atletas.
- Já chorei algumas vezes com ele. Acho que a mulher é um pouco mais frágil em alguns momentos, se pegar em um dia mais ou menos... Lembro de muitas vezes ter chorado por alguma bronca dele, por uma cobrança excessiva, mas acho que é momentâneo, porque senão as pessoas não continuariam no time, não iam querer jogar aqui. Ele é exagerado, ele cobra excessivamente, mas o que ele quer é ajudar - afirmou.
Vôlei, Bernardinho, Unilever (Rio) x Amil (Campinas) (Foto: André Durão)
Apesar dos oito anos de convivência com o treinador, Fabi ainda se assusta com a intensidade de Bernardinho. A jogadora revela que ele, mesmo fora da quadra, deixa as partidas do Rio de Janeiro tão cansado e suado quanto seu time. Por isso, toda a equipe se preocupa.
- A gente fica preocupada com a saúde, em alguns momentos, se ele está em em dia com médico, se as coisas estão bem. Ele não fuma, não bebe, tem esse privilégio, mas o nível de estresse dele é tão grande, que a gente fica preocupada - contou a líbero.
A atleta garante que o assunto não é um tabu e, quando entra em pauta, é tratado com naturalidade, até mesmo nas ruas, quando há, inclusive, brincadeiras em torno da postura do técnico. A fama de bravo é grande, tanto que Fabi procurou se preparar antes de ter o primeiro contato com Bernardinho. Hoje, quando recorda, ela dá risada.
- Quando fechei o antecontrato (pré-contrato) aqui, eu só conhecia o Bernardinho pela televisão e jogando contra. Eu brincava com a minha mãe, dizia que ela tinha que dar uns gritos em casa para eu me acostumar. Eu tinha medo de tomar um susto - lembrou.
Fabi, líbero, vôlei (Foto: Reprodução SporTV)
Ao conhecê-lo, Fabi aprendeu a entender o jeito do técnico. Para ela, as cobranças excessivas são reflexo de um profissional que busca a perfeição e exige em qualquer circunstância.
- Ninguém gosta de levar bronca. Qual é o atleta que gosta de levar bronca, de ser chamado a atenção, de ser cobrado? A cobrança até que a gente gosta, mas não aquela cobrança excessiva. O Bernardo tem uma cobrança pela excelência. Se o jogo pudesse ser 25 a 0, ele ainda iria arrumar alguma coisa para reclamar. Essa eterna insatisfação dele gera na gente uma busca pela perfeição - considerou.
Fabi também tem um jeito explosivo, dentro de quadra, e se acostumou com situações de estresse. Nada se compara ao que passou em Londres, nas últimas Olimpíadas, ano passado. O Brasil levou o ouro, sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, mas passou por um período muito complicado antes de garantir a medalha.
- Quando cheguei ao Rio de Janeiro e reencontrei meus amigos para comemorar a medalha, as pessoas se assustaram um pouco porque o corpo sente, né? Ele reflete aquilo que está acontecendo. O estresse está no seu rosto, nos olhos, no corpo, e eu tenho muito isso. Sou uma pessoa que absorve muitas coisas. Se eu tiver magra demais, olheiras demais, pode ter certeza que alguma coisa está errada - disse.



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