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Serginho vai à 10ª final de Superliga


Nos jornais, o dia a dia político de Fernando Henrique Cardoso e os discursos do Papa João Paulo II eram manchetes. Na televisão, a novela Laços de Família era sucesso absoluto de audiência. E, na Superliga, um então calouro estreava em decisões. De pupilo de Giba no Minas a um dos pilares do arquirrival Cruzeiro, Serginho tornou-se o atleta com maior número de participações em finais da principal competição do vôlei brasileiro masculino. Nos 13 anos de intervalo entre a primeira e a décima vez, que se concretizará neste domingo, o líbero evoluiu e viu o esporte crescer no país. E é apostando em sua maturidade que ele pretende ajudar a equipe celeste rumo ao bicampeonato.

A decisão do título da temporada 2012/2013 será transmitida ao vivo, direto do Maracanãzinho, a partir das 9h pelo canal SporTV. A Rede Globo inicia a transmissão às 10h (horários de Brasília), e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.

serginho giba volei minas  (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 21 anos, Serginho já tinha o privilégio de jogar em um timaço. Entre seus companheiros no Minas, clube pelo qual conquistou três de seus quatro títulos na Superliga, estavam André Nascimento, Maurício e Giba. O ponteiro, já um dos astros da seleção brasileira, era seu conselheiro. Dava orientações em quadra e lições fora dela. Ajudou o líbero a superar o nervosismo e a entender que tanto os louros pelas vitórias quanto a responsabilidade nas derrotas deveriam ser divididas pelo grupo, em vez que pesarem nas costas de um único atleta.

- O Giba sempre foi meu amigo e me deu várias dicas importantes, não só com palavras, mas também com atitudes. O Maurício também. Eu os tinha acompanhado nas Olimpíadas de Barcelona e, anos depois, eu estava jogando com um ídolo. Algumas vezes eu me sentia responsável direto por uma derrota, pensava que, se eu não estivesse no jogo, o time teria ganhado. Eles conversam muito comigo e, aos poucos, eu consegui controlar isso.

Conforme foi amadurecendo como jogador, Serginho aprimorou sua técnica e fortaleceu seu lado psicológico. Com a experiência por disputar com frequência as fases decisivas de diversos torneios, assumiu aos poucos a liderança na linha de passe. Hoje, olhando para trás, o líbero vê com clareza a diferença as fases da carreira.

Info_Serginho_SUPERLIGA-DECISAO (Foto: Infoesporte)

- Nas primeiras finais, eu tinha uma vida inteira pela frente no esporte. Tinha tempo de acertar e errar, até mesmo de consertar meu estilo de jogo e ser moldado pelas situações que foram ocorrendo ao longo da minha carreira. O frio na barriga sempre vai existir, mas naquela época a minha responsabilidade era menor. Agora eu tenho mais responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, mais tranquilidade. Consigo enxergar melhor o jogo, principalmente por essa sequência de finais.

Vôlei serginho cruzeiro sesi (Foto: João Pires / Vipcomm)

O atleta do Cruzeiro também percebe as mudanças ao seu redor. Tanto no próprio vôlei, em termos de regras, uso de tecnologia e nova dinâmica de jogo, quanto em relação ao contato com os torcedores.

- Eu acho natural a evolução dos tempos e vejo que muita coisa mudou para melhor. Os atletas são mais fortes do que naquela época e o jogo é mais rápido. Hoje em dia há mais organização dos times, padrões para os ginásios e também em relação ao piso. Em relação à comunicação, antigamente a gente recebia cartas de fãs, e hoje recebe mensagem no Twitter ou no Facebook. Há 13 anos só os caras da seleção tinham computador, por exemplo. A transmissão evoluiu bastante e quem está em casa tem uma visão bem bacana. A tecnologia veio para ficar, para deixar o espetáculo mais bonito e, agora, para ajudar a arbitragem – disse, referindo-se ao recurso eletrônico para esclarecer lances polêmicos.




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