Na quadra, na praia, no feminino, no masculino. Definitivamente o vôlei é um dos esportes mais vencedores do Brasil e se tornou a segunda maior paixão nacional, perdendo apenas para o futebol. Mas nem sempre foi assim!
A primeira medalha olímpica na quadra foi nos Jogos de Los Angeles, em 1984, com a seleção masculina, que ficou conhecida como a "geração de prata". A conquista abriu muitas portas, mas, naquela época, o esporte ainda enfrentava dificuldades.
Para se tornar uma modalidade tão vencedora, foram anos de trabalho. Muitos fatores influenciaram nesta evolução, um deles foi a construção de um Centro de Treinamento. Inaugurado em 2003, o Aryzão - Centro de Desenvolvimento do Voleibol - é um modelo de excelência, que impressiona atletas do mundo inteiro.
São quatro quadras de vôlei de praia, quatro quadras indoor duplas, sala de musculação e fisioterapia, capacidade de hotelaria para mais de 170 atletas, restaurante, área de lazer e muitas outras estruturas.
Não é nenhuma surpresa que outros esportes queiram seguir o exemplo do vôlei, e é isso que o handebol vai fazer. A modalidade já esteve bem perto de conquistar uma medalha olímpica, em Londres, com a seleção feminina. E pode até ser que essa medalha saia em 2016, mas para que perder tempo?
A Confederação Brasileira de Handebol já está trabalhando na construção de um CT, em São Bernardo do Campo (SP), e tudo indica que o Aryzão servirá como modelo. Na semana passada, enquanto cobria os treinos do vôlei, em Saquarema, encontrei com Jacqueline Ribas, supervisora de seleções da CBHb. Ela estava acompanhada por Antônio Rizola, gerente de seleções da CBV, fazendo um tour pelo CT.
Jacqueline e Antônio são colegas de turma, fazem um curso no Comitê Olímpico Brasileiro, e o trabalho de conclusão de curso dela é fazer uma proposta de um plano de gestão para o novo Centro de Desenvolvimento do Handebol.
Eles realizaram algumas reuniões, Jacqueline conheceu a parte administrativa, técnica, conversou com funcionários e entendeu como funciona cada detalhe no Aryzão.
Segundo Jacqueline, o espaço em São Bernardo do Campo não é tão grande quanto em Saquarema, mas a ideia é que os atletas tenham lugar para treinar, hospedagem e alimentação, tudo de primeira qualidade, assim como no vôlei.
Para Rizola, a maior inspiração que o vôlei pode passar para o handebol é a determinação e a luta que o esporte sempre teve. O vôlei passou por muitos problemas, mas nunca sentou para lamentar e foi buscar soluções.
Por Monique Danello
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