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Lipe ganha 'know how europeu' e chance na Liga Mundial


Ao lado de vários atletas da seleção brasileira, Lipe ficava ofuscado no Rio de Janeiro. Mesmo que correspondesse às expectativas em quadra, fora dela não era badalado como os companheiros na edição 2011/12 da Superliga. Nesta temporada, defendendo o Zaksa Kedzierzyn Kozle, o ponteiro experimentou o gosto de ser protagonista. Eleito o melhor jogador da Copa da Polônia e da Liga dos Campeões, o curitibano brilhou o suficiente para ser valorizado pela comissão técnica da seleção brasileira. Convocado por Bernardinho, está inscrito pela primeira vez para disputar a Liga Mundial.

Aos 29 anos, Lipe se vê no momento mais maduro da carreira. Muito sereno ao analisar sua trajetória, o ponteiro acredita que a mudança para o exterior favoreceu muito seu crescimento profissional. Com a confiança em alta, viu os bloqueios gigantes de jogadores do leste europeu ficarem pequenos. Levou seu time à conquista da Copa da Polônia, em que foi escolhido MVP e melhor atacante, ao vice-campeonato nacional da temporada 2012/13 e às semifinais do 'Final Four' da Liga dos Campeões. De quebra, acumulou os prêmios de MVP e melhor sacador da principal competição do continente.

lipe volei seleção brasileira (Foto: Divulgação/CBV)


- O crescimento de um atleta é natural com a idade. Eu sou um cara muito ambicioso. Minha ida para o Rio foi muito importante, cresci demais com o time que a gente tinha. A ida para a Polônia foi só a continuidade de um trabalho que foi iniciado aqui. Lá com o (técnico Daniel) Castellani, desenvolvi um trabalho muito bom. O staff da seleção acompanhou, viu que foi muito produtivo, e isso abriu uma possibilidade. Como o Murilo não pode estar aqui, eles precisam de mais alguém para ajudar. Estou muito feliz com a oportunidade que eles me deram. Espero poder fazer o que eles esperam.

Para a disputa da Liga Mundial, Lipe carrega uma bagagem importante. Além de jogar contra e ao lado de alguns dos principais nomes do voleibol polonês, como  Ruciak, Możdżonek, Nowakowski e Bartman, o ponteiro também enfrentou búlgaros, sérvios e russos, rivais históricos do Brasil na competição. Ele acredita que o conhecimento que adquiriu nas quadras europeias sobre a forma de jogar da escola soviética pode ajuda-lo bastante neste momento.

lipe volei seleção brasileira (Foto: Divulgação/MPC RIO)

- Jogando a Champions League (Liga dos Campeões) vemos um nível físico muito forte, em termos de saque, bloqueio, estratégia de jogo. Você amplia o seu "know how" (conhecimento) de técnica, estilo de jogo. Quando você joga na Liga Mundial tem os próprios poloneses, os russos, e lá fora você aprende esse estilo deles, que é diferente do nosso, que é muito mais técnico. Você acaba agregando um pouco dos dois e a aprende a se comportar em um nível diferente.

Apesar da expectativa para a estreia na competição internacional, Lipe mantém-se tranquilo sobre a disputa por vagas – dos 22 inscritos no torneio, apenas 14 são chamados por fase. Campeão Pan-Americano em Guadalajara, em 2011, com uma seleção mista, o ponteiro prefere ressaltar a gama de possibilidades que Bernardinho dispõem em vez de comentar sobre a concorrência em seu setor. Além dele, Lucarelli, Thiago Alves, João Paulo Bravo, Dante, Ary e Maurício Borges estão autorizados a competir na Liga.

- Acho que a guerra que temos aqui é por buscar o melhor para o grupo. Temos diferentes tipos de ponteiros, uma variedade de características, e isso ajuda muito o Bernardo. Ele tem uma carta, vê se precisa jogar mais com o passe naquele dia, mais com a força... É isso que faz a seleção ser tão completa. Mesmo sem Giba e Murilo aqui, todos têm esses ídolos como espelho, o Giba como líder, e o Murilo com a qualidade técnica absurda que ele tem. Procuramos manter um nível e um legado constante para que a seleção siga sempre brigando por títulos - disse o atleta, que defenderá o Fenerbahçe na próxima temporada de clubes.




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