Depois de quatro anos defendendo o Sesi-SP,Murilo não teve seu contrato renovado para as próximas temporadas. Surpreso com sua saída, o ponteiro da seleção brasileira deixou o clube chateado, muito por conta de uma cirurgia no ombro direito, que foi realizada na última sexta-feira. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, ele se disse "desamparado". O dirigente do Sesi-SP José Montanaro respondeu que o jogador estava "totalmente amparado" pelo clube, que pagou pela operação do jogador. Neste sábado, Murilo emitiu uma nota oficial através da sua assessoria de imprensa para encerrar a polêmica e disse que foi mal-interpretado.
- Nunca fui de alimentar polêmicas, ainda mais pela imprensa. Li o que Montanaro falou a respeito de uma entrevista recente e acho que fui interpretado de maneira errada. Quando respondi à pergunta sobre estar me sentindo desamparado, aquilo tinha a ver com a surpresa da notícia de que não renovaria meu contrato. E realmente me senti desamparado. Não em relação à cirurgia, mas em relação ao meu futuro. Havia conversado com o Marcos Pacheco e ele disse que gostaria de contar comigo para a próxima temporada. Fiquei chateado com a maneira como tudo aconteceu, era algo que não esperava, e a minha decepção é algo normal e de momento - disse Murilo. (confira a íntegra da nota oficial abaixo)
Um dia depois da cirurgia no ombro, o ponteiro reconheceu que o ex-time custeou a operação e afirmou que se sentiu desamparado em relação à surpresa com a não renovação do contrato, e não em relação à cirurgia.
A procedimento médico foi realizado para corrigir uma lesão chamada de "slap", que provoca dores crônicas e é comum em jogadores de vôlei. A operação já era recomendada há quase dois anos, mas o ponteiro optou por conviver com o incômodo. À base de medicamentos, ele conseguiu comandar a seleção na conquista da prata nas Olimpíadas de Londres, em 2012 - e foi eleito o melhor jogador da competição. Murilo ainda adiou a cirurgia para defender o Sesi-SP na Superliga 2012/13.
Confira a nota oficial:
"Nunca fui de alimentar polêmicas, ainda mais pela imprensa. Li o que Montanaro falou a respeito de uma entrevista recente e acho que fui interpretado de maneira errada. Quando respondi à pergunta sobre estar me sentindo desamparado, aquilo tinha a ver com a surpresa da notícia de que não renovaria meu contrato. E realmente me senti desamparado. Não em relação à cirurgia, mas em relação ao meu futuro. Havia conversado com o Marcos Pacheco e ele disse que gostaria de contar comigo para a próxima temporada. Fiquei chateado com a maneira como tudo aconteceu, era algo que não esperava, e a minha decepção é algo normal e de momento.
O Sesi-SP foi a minha casa pelos últimos quatro anos, fiz parte de tudo que se construiu no clube e isso eu nunca vou esquecer. Em momento algum na entrevista fiz qualquer referência negativa à instituição ou neguei auxílio nesse momento da cirurgia. Apenas mostrei a minha decepção em não continuar fazendo parte do projeto, especialmente pelo carinho que tenho pelo Sesi-SP e pela minha identificação com o clube. Não queria que minha saída fosse dessa maneira.
Sou grato ao Sesi-SP por esses quatro anos e eles estão, sim, cumprindo com a obrigação deles, de custear as despesas da operação, como está previsto na lei. Foi muito difícil jogar esses últimos anos com as dores, fiz a opção de seguir jogando, tanto pelo clube, quanto pela seleção brasileira, e fiz sempre o meu máximo, no meu limite.
Sempre tive o apoio dos meus companheiros, tive apoio de outros clubes, e recebi, claro, as portas abertas do Sesi-SP para fazer a minha recuperação. Espero que, dessa maneira, as coisas estejam esclarecidas e que não haja mais qualquer tipo de mal-entendido".
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