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Tandara se impõe pela força e assume posto de Sheilla na seleção


Mesmo de olhos fechados é possível saber que foi Tandara que atacou. Com 1,84m e 85kg, a oposta impressiona pelo porte e pela força que imprime em suas jogadas, e até o barulho ao bater na bola é diferente do emitido pelas companheiras e adversárias. Apelidada carinhosamente de Fiona pelo "estilo ogro", a jogadora está mostrando novas facetas na seleção nesta temporada. E, em meio a um time renovado, a brasiliense vai assumir a responsabilidade de substituir Sheilla na equipe titular.

Tandara treino vôlei Seleção (Foto: Divulgação / CBV)

Pelo Sesi-SP, semifinalista da última Superliga feminina, Tandara foi a maior pontuadora da temporada 2012/2013. Marcou 417 vezes, 91 a mais do que Fernanda Garay, segunda colocada neste ranking e finalista da competição. Em quase todas as jogadas, as pancadas ou explodiam nos bloqueio rival ou caiam do outro lado da quadra sem qualquer chance de defesa.

Até hoje, a brasiliense não teve a oportunidade de medir a potência de seus golpes no ataque. Fez medições apenas da velocidade do saque em treinamentos, e mesmo assim impressionou. Um saque flutuante da jogadora atinge entre 78 e 80 km/h, enquanto as colegas de seleção variam de 60 a 67 km/h, segundo a atleta.

- Eu adoro ser uma jogadora de força e isso me favorece bastante. É a minha característica desde quando eu comecei. Agora é que estou aprendendo, há dois anos de ponteira, agora estou aprendendo e sabendo mais como usar a habilidade também. Mas, na hora do vamos ver, é a força mesmo que aparece. Todo mundo fala que eu e Natália somos as mais ogras. Chamam a gente de Fiona (esposa de Shrek na animação de mesmo nome). Eu não ligo, os apelidos ficam na brincadeira. Querendo ou não, quando precisar da força, a Fiona vai estar ali – brincou Tandara.

Tandara jogo vôlei Sesi (Foto: Divulgação / CBV)

Neste primeiro semestre, a seleção feminina disputa dois torneios: a Montreux Volley Masters, de 28 de maio a 2 de junho, na Suíça, e o Torneio de Alassio, de 4 a 10 de junho, na Itália. Em ambas as competições, apenas quatro campeãs olímpicas defenderão o Brasil. Além de Tandara, Dani Lins, Fernanda Garay e Adenízia terão a missão de comandar o jovem grupo convocado pelo técnico José Roberto Guimarães.

Apesar de ser da mesma geração de várias novatas, a oposta acumula uma boa bagagem adquirida desde que se juntou à seleção principal, em 2011. Agora, porém, terá a missão de substituir ninguém menos que Sheilla, peça fundamental na campanha do bicampeonato em Londres 2012 e eleita a melhor atleta do ano no Prêmio Brasil Olímpico.

Mesmo com a expectativa de fãs e torcedores, Tandara não se deixa pressionar pela situação. Muito tranquila e confiante devido ao desempenho nos treinamentos, a atleta vê a oportunidade com naturalidade e como consequência da boa fase que atravessa.

- Este é um grupo da minha idade. A responsabilidade que eu tenho não está me afetando muito, porque sei muito bem que posso substituir a Sheilla e posso fazer um bom trabalho também. A minha responsabilidade é ajudar as meninas mas, em questão de jogar, minha preocupação não está sendo essa. Estou seguindo o trabalho que já vinha fazendo, e acho que estou fazendo bem.




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