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Bernardinho diz que calendário do vôlei “beira o trágico”


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Quatro vitórias em quatro jogos disputados até agora na Liga Mundial 2013 fazem o seleção brasileira masculina de vôlei chegar com moral a São Paulo para a disputa de duas partidas contra a França, nesta sexta (28) e no sábado (29), no ginásio do Ibirapuera. Mas nem tudo está bem: a despeito dos resultados positivos, o técnico Bernardinho tem sofrido com as lesões entre os jogadores.

Por conta de operações recentes no ombro e na coluna, Murilo e Sidão sequer estão viajando com o time nacional, que ainda viu Lucão sentir dores abdominais na primeira semana de disputas e Lucarelli ter problemas na coxa na segunda rodada. Como se não bastasse, o novato Isac ainda sofreu uma fratura exposta no dedo durante o segundo duelo contra a Argentina, há cerca de dez dias.

Exceção feita a Isac, vítima de um "acidente de trabalho", Bernardinho acredita que os problemas físicos dos brasileiros são explicados pelo calendário atribulado do vôlei. Ele, inclusive, fez duras críticas à disputa do Sul-americano de clubes, competição realizada logo após a Superliga e que era classificatória para o Mundial:

- Nosso calendário beira o trágico, pois os jogadores saíram de um Sul-americano onde haviam acabado de jogar a Superliga e depois vieram direto para cá. O campeonato foi tão mal realizado que nenhum time brasileiro se classificou para o Mundial. Era totalmente fora de propósito e atrapalhou a preparação para aquela que vai ser praticamente a única grande competição que a seleção vai disputar esse ano. Iniciar um novo ciclo sem a preparação adequada é complicado

O problema é tão grave que nas últimas semanas jogadores, técnicos e dirigentes participaram de reuniões para distribuir melhor os torneios ao longo do ano. O mote inicial foi a reclamação dos times por não poderem contar com seus melhores atletas em boa parte da temporada devido aos compromissos com a seleção, mas Bernardinho diz que a equipe nacional sofre de igual forma – vale lembrar que ele também é técnico de um clube da Superliga feminina, o Unilever:

- Os clubes se lamentam de tempo, mas os jogadores chegaram em agosto das Olimpíadas e ficaram até abril, ou seja, nove meses. Nós ficamos dez dias com os atletas (...) A gente está trabalhando para conseguir uma coisa mais racional. Os clubes querem um espaço que eu acho justo, até porque visto os "dois chapéus", mas a seleção também precisa ter uma pré-temporada, o que não vem acontecendo desde 2008. Tem gente chegando no meio da Liga Mundial. Qualquer equipe precisa disso.

Tentando manter a invencibilidade do ano – antes da Liga Mundial o time já havia vencido a Rússia em dois jogos-treinos –, a seleção brasileira masculina de vôlei entra em quadra contra a França às 10 horas (de Brasília) da sexta (28) e 10h10 do sábado (29), no Ibirapuera. Ainda há ingresso disponível para o primeiro duelo.



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