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Brasil pára na França e perde invencibilidade na Liga Mundial


O cabelão de Mory Sidibé logo virou atração. Os gritos de comemoração do  francês a cada bola que colocava no chão da quadra brasileira também chamaram a atenção. Com apenas 1,93m de altura, mas chegando a 3,67m com a impulsão para atacar, Sidibé fez pontos decisivos e foi o grande responsável por derrubar o último invicto da Liga Mundial 2013. O Brasil, que vinha de cinco vitórias seguidas, não suportou o sólido jogo da França, neste sábado, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e foi derrotado por 3 sets a 1, parciais de 29/27, 23/25, 25/22, 25/19, após 1h58. Foi o segundo duelo entre as seleções nesta terceira rodada da competição. Na sexta-feira, o Brasil havia vencido por 3 a 2 em uma partida muito equilibrada.
Sidibé terminou a partida com 18 pontos. E não foi o único a tirar o sono dos brasileiros em quadra. Ngapeth também estava em um dia iluminado. E terminou o jogo como o maior pontuador em quadra. Marcou 26 no total. Os dois, juntos, marcaram 44 dos 102 da França. Um dos personagens do primeiro duelo, o levantador brasileiro naturalizado francês Rafael Redwitz, que defendeu a seleção em 2007, na Copa América, ao lado de Bruninho, voltou a cantar o hino nacional. Mas, desta vez, ficou no banco.
Pelo lado brasileiro, Lucarelli foi o melhor em quadra com 21 pontos. Lucão também fez boa partida, com 15 pontos. Mas a seleção errou muito e entregou 24 - praticamente um set inteiro - de graça para a França durante a partida.
Com o resultado, o Brasil está com a liderança do Grupo A ameaçada. Com 13 pontos, a seleção pode ser ultrapassada por Estados Unidos ou Bulgária, que dividem a segunda posição com 11 pontos e se enfrentam ainda neste sábado. A França pulou para o quarto luga no grupo ao chegar aos 10 pontos. Polônia e Argentina - que foram derrotadas pelo Brasil - completam o grupo.
wallace  brasil x frança volei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

Depois do susto no duelo de sexta-feira, Bernardinho optou por dar uma chance a Wallace no time titular. O oposto, que foi decisivo no tie-break na partida anterior, não decepcionou, virando boa parte das bolas levantadas por Bruninho. O levantador, aliás, elevou a temperatura da seleção com passes velozes e precisos. Ele encontrou a sintonia perfeita especialmente com o central Lucão, que colocava a maioria das bolas na quadra francesa.
No entanto, quatro erros de saques forçados pelo Brasil embalaram a França no primeiro set. Liderados pelos ponteiros Ngapeth e Lyneel, os franceses conseguiram manter uma pequena vantagem durante quase toda a parcial. O set parecia perdido quando eles abriram 24/21. Bernardinho pediu um tempo e acordou a seleção brasileira. Com um ataque de Dante e dois bloqueios seguidos de Lucão, o Brasil empatou. O equilíbrio seguiu até Eder ficar no bloqueio e a França fechou o set por 29/27.
lucarelli brasil x frança volei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Os erros de saque voltaram a atrapalhar o Brasil no começo do segundo set. Mesmo assim, os ataques potentes de Lucarelli puxavam a equipe, que conseguia manter pequena vantagem. Mas Wallace apagou, cometeu dois erros seguidos e permitiu a reação francesa. Só que Bernardinho tinha cartas na manga. O técnico tirou o oposto e o levantador Bruninho para colocar Vissotto e William em quadra. Deu certo. O levantador, que já havia sido decisivo no tie-break do primeiro duelo, colocou o time no trilho orquestrando os ataques de Lucarelli e Vissotto. A entrega de William era tamanha que ele quase atropelou um câmera para salvar uma bola e garantir mais um ponto para a seleção. O levantador foi a peça-chave para a vitória brasileira por 25/23 no segundo set.
William continuou em quadra, mas não evitou que o excesso de erros colocasse os brasileiros atrás do placar mais uma vez. Ngapeth e o oposto Sidibe, por sua vez, davam trabalho à defesa brasileira, virando bolas sempre atacando do fundo da quadra. Como na primeira parcial, os visitantes abriram 24 a 22, só que não houve reação brasileira desta vez. E o desfecho foi o mesmo: Eder ficou no bloqueio e a França levou o set por 25 a 22.
O quarto set começou mais uma vez equilibrado. O Brasil tinha dificuldade de parar o ataque francês. Lucarelli seguia como a melhor opção de ataque para a seleção. Mas o brasileiro chegou a ser bloqueado por Toniutii, de 1,83m. Em seguida, Lucão respondeu parando Sidibe, o principal atacante francês. E na primeira parada técnica, o Brasil vencia por 8 a 7. Na volta, o Brasil teve um apagão. Mauricio e Lucarelli ficaram no bloqueio. Vissotto errou e parou na rede. E a França abriu 14 a 10. Bernardinho resolveu voltar com Bruninho e Wallace. Mas a França estava sólida. E na segunda parada técnica vencia por 16 a 12.
Lucão passou a ser a melhor opção brasileira de ataque virando bolas de meio. Mas o saque brasileiro não incomodava a recepção francesa. E o bloqueio da seleção não conseguia chegar com efeciência para dificultar o ataque francês. Bernardinho tentou motivar pela última vez a seleção quando a França abriu 21 a 17. Mas não teve sucesso. Ngapeth e Sidibe estavam iluminados. E a França fechou o set por 25 a 19 e a partida em 3 sets a 1.
O Brasil foi à quadra com: Bruninho, Wallacce, Eder, Lucão, Dante e Lucarelli. Líbero: Mário Jr.. Entraram: Vissotto, Maurício e William. Já a França jogou com Toniutti, Sidibe, Le Roux, Hardy-Dessources, Ngapeth e Lyneel. Líbero - Grebennikov. Entraram: Moreau e Rafael.



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