Presença constante na seleção masculina de vôlei antes mesmo de Bernardinho virar técnico da equipe, Dante tem recorrido a certos "truques" para continuar vestindo a camisa amarela até as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Único remanescente da brilhante geração que teve Giba, Serginho, Gustavo e Rodrigão, o goiano de 32 anos diz que agora precisa se dedicar muito mais à academia para poder acompanhar a garotada.
- Estou concentrando mais na parte física do que na técnica e tática, porque já estou um pouco mais velho e sei o que tem que fazer, só preciso ajustar algumas coisas. Se eu estiver bem lá na sala de musculação, aqui com certeza tudo vai fluir muito mais fácil
A atual situação de Dante na seleção é bem diferente de 13 anos atrás, quando ele virou presenças constantes nas convocações ao ter um bom desempenho nas Olimpíadas de Sidney. Se antes era o novato que se inspirava nos ídolos, agora o ponteiro serve como referência. O jogador encara a nova fase com naturalidade
- Isso faz parte de qualquer profissão. Quando você é um médico recém-formado é uma coisa, mas quando tem 50 anos está dando palestras para a garotada. Só que tem que estar preparado. É mais fácil ser jovem, pois você escuta e vai no que o cara está falando, mas agora se eu orientar ou falar algo no momento errado, o time pode perder um jogo, um campeonato. Tenho que estar em alerta o tempo todo, já que os jovens vão seguir o que estou falando
Questionado sobre seu estilo de liderança, Dante garante que não dá muito moleza:
- É morde e assopra. Tem que saber pegar pesado em alguns momentos e tem que saber elogiar e orientar quando eles estão precisando, mesmo durante o jog
Nesta sexta (28) às 10 horas (de Brasília) e no sábado (29) às 10h10, Dante vai liderar o Brasil em quadra em duas partidas contra a Liga Mundial contra a França. A equipe nacional está invicta na competição.
Aliás, se dependesse da vontade do atleta, ele nem estaria em quadra, mas a cirurgia que seu companheiro de posição Murilo fez no ombro o obrigou a desistir da ideia de pedir um ano sabático para o técnico Bernardinho. Agora, de tão empolgado, ele nem quer mais folga:
- Cheguei a comentar que esse ano eu queria dar um respiro para o meu corpo e minha cabeça, ficar um pouco mais perto da minha família, mas como teve o problema do Murilo o Bernardinho conversou comigo para eu entrar nesse novo ciclo desde o começo. E eu entendi perfeitamente, nunca falei não para a seleção e não seria dessa vez. Mas agora que estou aqui dentro, só saio em 2016 (risos)
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