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França também tem pai e filho na seleção


Laurent e Kévin Tillie, versões francesas de Bernardinho e Bruninho (Foto: Marcos Guerra)
O técnico mede as palavras para orientar um jogador em especial durante o treino de vôlei. Ele não quer parecer nem mais rigoroso nem mais brando, afinal além de treinador ele também é pai do garoto. A cena é de um treinamento da seleção masculina, mas não a brasileira. O técnico Bernardinho e o levantador Bruninho não são os protagonistas desta vez, e sim suas "versões francesas". O próximo adversário do Brasil na Liga Mundial também tem como arma um pai no comando e um filho em quadra, só que Laurent e Kévin Tillie estão mais para alunos dos brasileiros do que para ameaças.
- Eu observava o Brasil desde que era pequeno e sonhava jogar aqui. Estou muito animado por estar aqui - disse o ponteiro Kévin, de 22 anos.
- Para um treinador, é um sonho ver o Brasil jogar, porque é um bom exemplo de como queremos jogar. Eles são quase perfeitos, sem erros, com ataque forte e uma ótima defesa - elogia Laurent.
As semelhanças entre a história da dupla francesa e da brasileira não param por aí. Assim como Bruninho é filho da ex-jogadora de vôlei Vera Mossa, a mãe de Kévin, a holandesa Caroline Keulen-Tillie, também era profissional na modalidade. Aliás, a família Tillie tem o esporte no sangue. O filho mais velho de Laurent, Kim, atua no basquete profissional da Espanha. Apenas o mais novo, Killian, não engrenou no gosto familiar, ao menos por enquanto.
Kévin Tillie, versão francesa de Bruninho (Foto: Marcos Guerra)
Laurent passou a comandar a seleção francesa apenas no ano passado, mesma época em que Kévin recebeu suas primeiras convocações para a equipe nacional. O garoto que joga no vôlei americano há três temporadas sofreu no início com a desconfiança causada por seu parentesco com o técnico, que também suou para achar o tom certo de orientar seu filho.
- Não é muito fácil, porque não quero pegar muito duro, ele é meu filho, mas eu também não posso proteger ele. Um auxiliar me ajuda a balancear isso. No começo era mais difícil - disse Laurent.
- Era um pouco constrangedor. Estou me acostumando agora. Tenho uma boa relação com meu pai. Sei que ele espera muito de mim. Voltei à seleção francesa há uma semana apenas, e ele já exige bastante de mim. É um pouco difícil, mas trabalhamos isso. Os jogadores ainda fazem muitas brincadeiras com isso, mas está melhorando agora - disse Kévin.
Laurent Tillie, versão francesa de Bernardinho (Foto: Marcos Guerra)
Brasileiro naturalizado francês, o levantador Rafael Redwitz entrega as piadas com o ponteiro, mas ressalta que o companheiro está na seleção da França por méritos.
- Uma vez ele ganhou um tênis mais bonito, dissemos que é porque ele é o queridinho do técnico. Mas ele é um garoto fora de série, e a vaga dele é merecida tanto quanto à do Bruno. Vamos continuar puxando o saco e brincado com ele - disse Rafael.



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