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Thiago Alves foge à regra e troca redes sociais por livros


Enquanto todos estão com os celulares em mãos, sem tirar os olhos das redes sociais, Thiago Alves adota outro passatempo. Na contramão dos companheiros de seleção brasileira, o ponteiro tem uma forma diferente de passar os momentos livres na concentração. Com um bom e velho livro à frente, um dos jogadores mais experientes do novo grupo de Bernardinho adota uma linha mais intelectual durante a disputa da Liga Mundial. E, se deixa de lado as novidades da internet, aproveita para diminuir a lista de publicações que tem para ler.

Thiago Alves não tem um estilo preferido. Há pouco tempo, terminou de ler o elogiado "Abusado", de Caco Barcellos, que conta a saga de um traficante da favela Santa Marta, em Botafogo, próxima à casa do ponteiro no Rio. Agora, aproveita para ler "Morte Súbita", de J. K. Rowling, autora da série de histórias de "Harry Potter".

Thiago Alves seleção vôlei livros (Foto: Rogério Lauback/CBV)

- Eu leio de tudo um pouco. Já li alguns livros de autoajuda, mas confesso que não são meus preferidos. Mas leio ficção, histórias verídicas. Li um agora sobre a história do Rio de Janeiro, "Abusado", do Caco Barcellos. É muito bom. Eu moro naquela região do Santa Marta. É um bom passatempo. De um tempo para cá, até deixei o ipod de lado. Escuto quando os guris escutam no vestiário ou nos ônibus, mas, quando estou no avião, prefiro ler mesmo.

Entre os livros preferidos, "O Continente", de Érico Veríssimo, e todos do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Também gosta do estilo de Dan Brown, autor do best seller "Código Da Vinci". Thiago admite que o estilo difere dos companheiros, mas diz que não costuma ser alvo de brincadeiras dos amigos.

- Ninguém fala nada (risos). Uns até perguntam qual que é, se eu estou gostando. William, que é um jogador que eu só conhecia de jogar contra, vi pelas conversas que já leu vários livros. Pelo que eu conheço, outros jogadores leem bastante, sei que o Bruno também é assim, gosta de biografias.

Thiago Alves seleção vôlei livros (Foto: Rogério Lauback/CBV)

Preso aos livros, Thiago não se entusiasma com redes sociais. Das mais populares, tem apenas uma conta no Facebook, que usa para conversar com familiares e amigos do tempo de colégio. Mas não costuma passar muito tempo à frente do computador.

- Desde a época do Orkut, nunca fui muito de redes sociais. Não sou muito de tirar fotos, de escrever. Sou um cara mais discreto. Até brinco com um amigo meu que não sei ser turista. Eu vou nos lugares e gosto de ficar no hotel. Quando vou passear, não bato foto. Eu fiz o Facebook e converso mais por mensagens. O lado bom é que, assim, eu tenho contato com gente que eu não via desde o ensino médio e fundamental. Amigos de Porto Alegre que jogaram comigo e disseram: "Ah, nem sei se você vai lembrar de mim". E eu lembro! Isso é o legal, mas é o único veículo social que eu tenho (risos). Não comento nada, não curto nada – disse o jogador.

O ponteiro é um dos mais experientes na renovada seleção de Bernardinho. O bom resultado nas primeiras partidas da Liga Mundial surpreendeu. Thiago, então, espera uma nova evolução da equipe nos duelos contra a França, neste fim de semana, em São Paulo.

- Desde os amistosos na Rússia, eu estava um pouco curioso para ver como esse novo time iria reagir. É um time que tem muita gente nova, muitos que nunca haviam jogado pela seleção brasileira. Foram duas vitórias boas, depois quatro jogos na Liga e quatro vitórias. Foram excelentes resultados, às vezes melhor até do que estávamos imaginando. Foi assim contra a Polônia, a última campeã. Isso dá uma confiança, uma segurança maior. Estamos vendo esses resultados. Agora, temos uma sequência de jogos dentro de casa. Duas vitórias em São Paulo e vamos estar muito perto de uma classificação.



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