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Nalbert prestigia treino da seleção e fala sobre Lucarelli


Um encontro de gerações marcou a preparação da seleção brasileira de vôlei para encarar os Estados Unidos, neste fim de semana, no Rio de Janeiro, pela última rodada da fase de grupos da Liga Mundial. Nalbert, capitão da equipe campeã olímpica em Atenas 2004, acompanhou um dia de trabalho dos comandados de Bernardinho no Maracanãzinho, local dos jogos de sábado, às 10h, e domingo, às 9h45m. Em pauta, a capacidade precoce do ponteiro Lucarelli, nova joia da modalidade no país.

Eterno capitão da seleção, nalbert encontra com Lucarelli (Foto: Marcello Pires)
Sentado no espaço reservado à imprensa, local até pouco tempo estranho para o ex-atacante, mas cada vez mais comum para o agora comentarista do SporTV  e da TV Globo, Nalbert não perdeu uma jogada. Dono de um olhar privilegiado de quem esteve dentro de quadra por quase 20 anos, o campeão olímpico em Atenas 2004 mostra a mesma segurança de quando virava as bolas para afirmar que o jovem atacante de 21 anos e 1,95m deixou de ser promessa faz tempo.
- Vejo o Lucarelli como uma realidade. É raro um jogador no seu primeiro ano de seleção ter um papel de destaque e de protagonista. Ele oscila muito pouco durante os jogos e demonstra uma maturidade e uma consistência dentro de quadra que impressionam. É um atacante que não se afoba, que domina todos os golpes e tem uma variação de jogadas que pouquíssimos atletas têm nessa idade - analisou Nalbert. 
Um dos dois únicos brasileiros campeões mundiais em todas as categorias, ao lado do oposto Leandro Vissotto, Nalbert afirma que nem tudo serão flores daqui para frente. E faz um alerta:
- Ele tem que tirar proveito agora que o mundo do vôlei conhece muito pouco o jogo dele. Mas com o passar do tempo e das competições internacionais, ele passará a ser estudado e marcado por todas as seleções - previu o capitão da campanha do ouro em Atenas 2004, que vê poucas semelhanças entre eles.
- O diferencial dele é o ataque, enquanto construí minha carreira em função do meu fundo de quadra que era muito forte. Ele é um cara mais ofensivo, que precisa aprimorar suas qualidades na defesa e no passe. Acho que eu era um pouco mais completo. Mas ele é muito jovem e com a experiência que vai adquirir com o tempo tem tudo para chegar lá também - completou Nalbert, hoje com 39 anos.
Apesar de curto, o bate-papo protagonizou muitas risadas e elogios de ambos os lados. Mesmo sem ter visto o camisa 12 mais vitorioso do vôlei nacional em ação, o principal reforço do Sesi-SP para a próxima temporada apontou Nalbert como uma de suas referências.
- Não jogava nada essa criança, né? (risos). Eu nasci em 1992 e infelizmente não tive o prazer de vê-lo jogar. Mas joguei os últimos dois anos com o Marcelinho (levantador) no Minas e ele só faz elogios ao Nalbert e vive dizendo que é seu fã número 1 - afirmou.
vôlei lucarelli brasil e bulgária liga mundial brasília (Foto: FIVB)
Lisonjeado com os elogios, Lucarelli aponta sua tranquilidade e frieza dentro de quadra como duas armas importantes para combater o oba-oba vindo das arquibancadas.
- Nem sei o que falar para o Nalbert. Ele é uma referência para qualquer atacante e só posso agradecer os elogios que ele me fez. Espero continuar trabalhando duro para amadurecer cada vez mais e poder representar o Brasil como ele fez tão bem. Sei que é difícil manter o foco e não se deslumbrar com o sucesso, mas não sou um cara empolgado e nem de me expressar muito. Seja nos momentos de euforia ou de tristeza. Acho que isso ajuda a manter os pés no chão - revelou o camisa 8 da seleção. 
O Brasil encara os Estados Unidos precisando de uma vitória em dois jogos para garantir o primeiro posto do Grupo A. Com 12 pontos, os americanos correm por fora na disputa pela segunda vaga. Bulgária e Polônia estão um passo à frente e fazem um duelo direto neste fim de semana.
As finais da Liga Mundial serão realizadas de 17 a 21 de julho na Argentina. Além do Brasil, já garantiram vaga Itália e Canadá. Como anfitriões, os hermanos têm o direito de disputar a fase decisiva, apesar de amargarem o último lugar do Grupo A.


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