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Bulgária surpreende e põe fim à invencibilidade do Brasil

brasil x bulgaria fabiana dani lins grand prix volei (Foto: FIVB)
O confronto entre Brasil e Bulgária poderia até parecer desproporcional. Invicta, a seleção brasileira estava em busca de sua 17ª vitória consecutiva na temporada. Longe de ter a mesma tradição no vôlei mundial, a Bulgária ainda se acostuma com a sensação de disputar um Grand Prix pela primeira vez. Mas o encontro entre as duas equipes no Palácio de Recreación y Deportes, em Mayaguez, Porto Rico, guardou muitas surpresas para este sábado.
A seleção de Vasileva, velha conhecida do público brasileiro após uma passagem pela Superliga, provou que um retrospecto favorável não é suficiente para impedir desfechos inesperados, e conquistou uma vitória implacável por 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 25/21, 20/25 e 25/21.
O jogo
Detentor de um notório e compreensível favoritismo, o Brasil começou embalado. Arrasadoras no saque, Dani Lins e Fabiana não deram trégua para o bloqueio búlgaro, e desferiram uma sequência de bolas matadoras em direção à quadra adversária. Em poucos minutos, o placar indicava 5 a 0 para a seleção de Zé Roberto, causando a falsa impressão de que o primeiro set já estava decidido em prol das brasileiras.
Repreendidas pelo treinador Marcello Abbondanza durante uma parada técnica, Vasileva e suas companheiras voltaram com postura revigorada, e deixaram claro que o jogo não seria tão trivial como poderia ter transparecido no início. Com Nikolova articulada no ataque e Vasileva exalando confiança no bloqueio, a Bulgária logo começou a escalada rumo à virada.
Após empatar e passar à frente do placar, a seleção búlgara ganhou moral e assustou as brasileiras. Fê Garay, imponente no ataque, e Juciely, precisa no bloqueio, não foram suficientes para conter a ofensiva das adversárias. Sheilla, em sua estreia como titular na temporada, não economizou nas tentativas de salvar bolas perigosas, mas as falhas abundantes na recepção determinaram a vitória da Bulgária, por 25 a 22.
O tropeço brasileiro não era motivo de grande preocupação. Afinal, a seleção de Zé Roberto está mais do que acostumada a perder o set inicial e descontar a diferença nos três seguintes. Mas o curioso retrospecto não se fez presente desta vez. O segundo set começou equilibrado, com Fê Garay distribuindo aces e pancadas certeiras. Mas a sintonia entre as jogadoras estava longe de funcionar, e o Brasil passou a beneficiar as adversárias com uma série de falhas e pontos não forçados.
Monique, no lugar de Sheilla, tentou chamar a responsabilidade e imprimiu uma postura agressiva em quadra, conseguindo virar bolas importantes. Dani Lins e Fê Garay também tentaram manter o ritmo agressivo, mas Rabadzhieva e o trio formado por Vasileva, Filipova e Kitipova não facilitaram para as brasileiras, que perderam fôlego na reta final do set e cederam nova vitória búlgara, desta vez por 25 a 21.
Sem conseguir "respirar" no placar, a seleção brasileira voltou para o terceiro set disposta a corrigir as falhas que ocasionaram a atuação apática das parciais anteriores. Gabi, um dos destaques da nova geração, cometeu sucessivos erros e acabou substituída. Aos poucos, o Brasil engrenou na recepção e no ataque. Alguns fundamentos ainda estavam aquém do esperado, mas a equipe passou a explorar mais as bolas de meio e acumulou pontos importantes.
Em seu retorno como titular, Sheilla não conseguiu pontuar em quadra (Foto: Divulgação)
Mais aguerridas, as brasileiras mostraram que o jogo ainda não estava totalmente decidido. A seleção aproveitou um lapso da Bulgária, que cometeu uma série de erros de saque, para abalar a confiança das adversárias e partir para o ataque. Com bloqueio poderoso de Fê Garay, o time conseguiu abrir uma frente confortável de pontos, e Pri Daroit consolidou a reação com um ataque preciso: 25 a 20.
Mas a Bulgária não esmoreceu. Sem se abater pela derrota no set anterior, a seleção de Vasileva voltou ainda mais consistente, forçando o saque e obtendo uma boa frente de pontos. Do lado brasileiro, Thaisa entregou um desempenho inspirado, com direito a belo ace, e Fê Garay continuou persistente no ataque. O Brasil conseguiu se aproximar do ritmo de jogo das adversárias, mas Filipova distribuiu bolas furiosas e frustrou a ofensiva brasileira: 25 a 21 para a Bulgária.



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