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Brasil é campeão do Sul-Americano de Volei Feminino


vôlei BRasil e Venezuela (Foto: Thierry Goozer)

A atuação não foi perfeita, longe disso. Irregular, a seleção brasileira passou aperto nos dois primeiros sets, mas venceu a Venezuela por 3 sets a 0 (25/20, 25/20 e 25/17), e com a derrota do Peru diante da Argentina, por 3 sets a 1, as meninas de Zé Roberto Guimarães puderam comemorar, já no hotel, em Ica, no Peru, o 18º título do Sul-Americano de vôlei. A conquista vale a manutenção da hegemonia na América do Sul, e também o maior objetivo do ano, a vaga no Mundial da Itália, em 2014, e de quebra o posto de representante do continente na Copa dos Campeões, em novembro, no Japão.

O jogo, porém, não foi fácil para o Brasil. Na véspera do duelo contra o seleção, o técnico Sergio Rivero, da Venezuela, foi bem sincero. Dizia ser uma honra enfrentar o time bicampeão olímpico e traçou uma meta. Para ele, um boa exibição diante de Sheilla & cia. seria marcar ao menos dez pontos por set no Coliseo Cerrado. Nos dois primeiros sets, suas meninas fizeram o dobro disso, 20 pontos em cada.

Pelas redes sociais, Sheilla comemorou a conquista antecipada.

- Êêêêêê!!! Já somos campeãs!!! Carimbamos nossa vaga pro Mundial!!! Parabéns meninas!!! - disse a camisa 13 do Brasil.

Neste domingo, em jogo que vale a entrega da taça de campeão, o Brasil pega as donas da casa, a seleção do Peru, às 19h (de Brasília), no Coliseo Cerrado de Ica. Mesmo ser for derrotada, a seleção não pode ser ultrapassada na pontuação final pelas peruanas ou argentinas. Até agora a campanha brasileira é perfeita. Antes, o time estreou massacrando o Chile, depois venceu a Colômbia, e passou fácil pelas argentinas.

Irritado com a atuação da equipe, Zé Roberto foi de poucas palavras. Perguntado se a dificuldade tinha vindo de onde menos se esperava, ele negou. E quando questionado sobre o motivo do "sono" brasileiro, garantiu ser normal, já pensando no duelo com as peruanas no domingo.

- Não, não acho. Achei que o time entrou um pouco mais devagar que o normal, por isso encontramos mais dificuldades.  Aconteceu, normal, normal, normal. Já estamos concentrados no jogo de amanhã (contra o Peru). Para mim, esse jogo já passou, ganhamos por 3 a 0, vencemos, foi por 3 a 0, já passou, já estou pensando no jogo de amanhã - disse um breve Zé Roberto.

A maior pontuadora do jogo foi Fernanda Garay, com 13 pontos. Sheilla fez 10, e Fabiana, 8. Para a capitã do Brasil, as rivais sacaram bem e dificultaram as coisas.

- O time delas tem o mérito. Sacaram bem no jogo. Às vezes, erramos algumas coisas que sabemos que não podemos errar. Tivemos dificuldades no passe, mas saímos com a vitória - analisou Fabiana.

Primeiro set apertado

No rodízio que vem fazendo a cada partida, Zé Roberto deu descanso para Fabi e Thaisa, que não jogaram. O treinador estava nervoso, gritando como ainda não se tinha visto no Sul-Americano. E tinha motivos para isso. O começo brasileiro foi o pior até então na competição. Com o passe quebrado e errando além da conta, as meninas deram espaço para a Venezuela. Com Maria José inspirada, e a levantadora gordinha Ahizar trabalhando bem na distribuição de bolas, a Venezuela conseguia passar pelo bloqueio e fazia jogo parelho. No primeiro tempo técnico, o Brasil vencia por 8/5.

O panorama continuou o mesmo nos oito pontos seguintes. Com Desiree passando por Garay e Gabi no bloqueio, a Venezuela jogava sem responsabilidade e dava mais trabalho que a Argentina. Se não estavam na frente do placar, as rivais jogavam de igual para igual. Após o segundo tempo técnico, com a capitã Fabiana entrando no jogo, e Sheilla mais concentrada, o Brasil fez 19/16, obrigando Sergio Rivero a parar a partida. Desaceleradas, as venezuelanas começaram a errar e, com Juciely bem na rede, o Brasil fechou o primeiro set em 25/20.

Segundo set com o mesmo panorama

O segundo set começou com a Venezuela abrindo 2/0, mas o Brasil logo se recuperou e trouxe para 2/2 com Gabi e Sheilla. Apesar de fechar o primeiro tempo técnico na frente, com 8/5, o Brasil não jogava bem. A defesa não funcionava como nos três primeiros jogos, como quando Sheilla salvou bola de Desiree e ninguém chegou para complementar a jogada. Explorando o bloqueio, Maria José conseguia seguir pontuando, e o desafogo vinha com Fabiana.

Um pouco mais atento, o Brasil conseguiu abrir cinco pontos das venezuelas, mas só. Confiantes, as rivais soltavam o braço, e por vezes passavam pelo bloqueio. Assim, a vitória no segundo set veio para o Brasil novamente sem a facilidade dos confrontos anteriores. Com 23/18 e contra-ataques desperdiçados, Zé Roberto seguia inquieto, e nem com a vitória por  25/20 o treinador brasileiro mostrava cara de felicidade com o desempenho do time.

Terceiro set é o mais tranquilo

Novamente com dificuldade no terceiro set, o Brasil chegou no primeiro tempo técnico com 8/6. Nos pontos seguintes, manteve dois de frente, mas seguia enfrentando complicações que Zé Roberto não conseguia acertar. Aos poucos, porém, o Brasil passou a dominar, colocar o passe na mão e a virar as bolas com facilidade.

Com Michelle, Fabíola e Natália em quadra, o time passou a se comportar melhor, abriu 16/12, depois 20/14 e conduziu o restante do duelo para uma vitória mais tranquila no set final: 25 a 17.

O Brasil entrou com Dani Lins, Camila Brait, Fabiana, Sheilla, Fernanda Garay, Gabi e Juciely. Entraram: Natália, Michelle, Adenízia e Fabíola. A Venezuela jogou com Desiree, Genesis, Maria José, Ahizar, Aleoscar, Sharlin e Luz. Entroaram: Mirillo e Yorohanny, .

Resultados do dia

Colômbia 3 x 0 Chile - 25/18, 25/23 e 25/19
Brasil 3 x 0 Venezuela - 25/20, 25/20 e 25/17
Argentina 3 x 1 Peru - 25/23, 17/25, 25/20 e 25/22

Classificação do Sul-Americano

1º - Brasil - 4v
2º - Argentina - 3v, 1d
3º - Peru - 3v, 1d
4º - Colômbia - 1v, 3d
5º - Venezuela - 1v, 3d
6º - Chile - 4d




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