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Brasil supera a Rússia e vai à final do Mundial sub-23

Matheus vôlei jogo Brasil sub 23 contra Rússia (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Bastou o anúncio do locutor para levantar a torcida. Após três jogos, a quadra do Sabiazinho voltava a receber Lucarelli. E o capitão do Brasil no Mundial sub-23 não desapontou. Com belos ataques do fundo de quadra e palavras de incentivo aos companheiros, o ponteiro foi fundamental para que a seleção, durante todo o jogo, reagisse ao forte poderio da Rússia. Por 3 sets a 0 (21/16, 22/20 e 25/23), a equipe comandada pelo técnico Rubinho derrubou o time europeu e se garantiu na final em Uberlândia. O adversário será a também invicta Sérvia, que atropelou a Bulgária neste sábado.

- Eu forcei um pouquinho para jogar. Eles (da comissão técnica) estavam ainda com um pouquinho de receio, mas a recuperação foi muito rápida, e a equipe médica me ajudou bastante. Fiquei quatro dias somente tratando, dia e noite. No aquecimento eu vi que dava para jogar, falei que estava pronto e ia jogar. Graças a Deus a gente ganhou - disse o ponteiro, que marcou 11 pontos e se mostrou plenamente recuperado das dores na panturrilha que o tiraram dos confrontos contra Egito, Bulgária e Tunísia.

O técnico Rubinho reclamou dos 22 pontos em erros cedidos à Rússia, mas gostou da postura de seus comandados quando o time esteve atrás no placar - situação que se repetiu inúmeras vezes durante toda a partida.

- Tivemos que recuperar praticamente todos os sets, mas nos portamos bem taticamente. Cometemos muitos erros não forçados, mas no geral a equipe se portou bem e aguentou a pressão que era necessária para suportar algumas situações de desvantagem no placar ao longo do jogo.

Brasil vira seguidas vezes e derruba o poderio russo
O primeiro ponto do jogo foi brasileiro e saiu após um belo rali. Mas a sequência deixou a torcida preocupada. Em excelente serviço do capitão Dmitry Kovalev, a Rússia quebrou o passe verde-amarelo, berrou comemorando e abriu 5 a 1, forçando Rubinho a pedir tempo. A seleção respirou com dois erros rivais e dois bloqueios de Matheus, mas os visitantes seguiram superiores. Kovalev mostrou ótima visão de jogo e quase sempre deixava seus atacantes longe da marcação, chegando com 12 a 9 na parada técnica.

Na volta à quadra, a seleção acordou, e os russos caíram de produção. Um sonoro bloqueio de Lucas Loh empatou em 14 pontos, e fez o técnico Sergei Shliapnikov pedir tempo.  Dois bloqueios seguidos de Matheus colocaram o moral europeu abaixo de vez. Shiliapnikov tentou reanimá-los, mas não houve bronca que surtisse efeito. Coube ao oposto Rafael, até então sumido no jogo, fechar o set: 21/16.

Outro serviço de Kovalev, no segundo set, fez parecer que o Brasil passaria aperto. A Rússia alcançou 3 a 0 com facilidade, mas estagnou aí. Com um machucado na testa, o capitão russo foi substituído, e a seleção marcou seis pontos seguidos. Com sua formação original restabelecida, o time europeu encurtou a vantagem e alcançou o empate após erro de Matheus. Rubinho promoveu a inversão, mas quando Shchadilov virou, pediu tempo. Otávio e Alan, por duas vezes, igualaram o marcador. O oposto russo desperdiçou um set point ao sacar para fora, e Lucarelli virou em belo bloqueio. Em seguida, foi a vez de Rafael virar uma muralha para o ataque russo: 22/20.

Diferentemente dos sets anteriores, o Brasil começou melhor do que a Rússia na terceira etapa. Mas a alegria durou pouco, e a virada veio em 6 a 5, com doloroso bloqueio. Com quatro pontos de desvantagem , Rubinho parou a partida e antecipou a inversão. Matheus empatou em 11 com mais um bloqueio, e Sergei Shliapnikov interrompeu a partida. Três pontos seguidos de seus comandados fizeram Rubinho gastar o outro tempo a que tinha direito.

Uma bela série de Matheus no bloqueio deu início à reação, e Rafael a ampliou. Sem se render, a Rússia virou e teve dois sets points. Dois pontos seguidos de Lucarelli, sendo um de saque, devolveram a vantagem ao Brasil. Kovalev salvou o match point com uma bola de segunda, mas Safanov deu um presente para o Brasil ao isolar o saque. Dois toques de Rafael adiaram a comemoração, mas o sétimo bloqueio de Matheus no jogo selou a classificação para a final: 25/23.




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