Sandra Leão se emociona com sua estreia na Superliga como técnica

A derrota do Araraquara para o Rio de Janeiro na estreia da Superliga ficou em segundo plano para a técnica Sandra Leão. Visivelmente emocionada ao fim da partida, a única treinadora mulher da competição relembrou as barreiras superadas e falou sobre a sensação de realizar o objetivo de sua carreira. Desde quando começou a se dedicar ao vôlei feminino visava a disputa do nacional.

- Eu sonhava com isso e imaginava como deveria ser. Quando pisei na quadra e vi aquele monte de gente chegando, minhas atletas, é muito mais emocionante do que sonhava. Poder fazer parte disso, trazer crianças para o ginásio, um futuro jogador ou jogadora de vôlei, é difícil falar, eu vou me emocionar, porque eu sonhei tanto com isso. As pessoas não têm ideia de tudo que eu já fiz para chegar até aqui. Tive que enfrentar muitos obstáculos e ouvir muitas vezes que não iria conseguir, que não iria dar para chegar - contou.

Sandra fez questão de agradecer a todos os que apoiaram em sua trajetória e revelou que a família foi ao ginásio Gigantão uniformizada para apoiá-la. A técnica também mandou uma mensagem para quem pensa em deixar de lado os objetivos traçados.

- Quando eu pisei aqui, um filme passou na cabeça. Todas as pessoas que me apoiaram, que não me deixaram desistir. Minha família veio em peso, vieram de azul e branco para me homenagear. Hoje eu ouvi algo assim, que para ter sucesso tem que lutar pelos sonhos e terminar tudo que começou. Eu acho que é por ai, não deixe nunca de acreditar.

Para Sandra, a mesma emoção que tomou conta dela nos minutos iniciais do confronto também influenciou as atletas dentro de quadra. Apesar do revés, a treinadora exaltou o bom segundo set, quando chegou a estar à frente no placar, mas sofreu a virada no fim por 21/16 - o maior número de pontos das meninas de Araraquara, que perderam os outros dois por 21/5 e 21/8.

- Era muito difícil. Era contra uma equipe muito experiente que é campeã de tudo que disputa. Nosso time é super jovem, iniciante de Superliga. Eu sabia que a emoção iria pesar. Se pesou para mim, eu imagino para elas. O primeiro set foi difícil de controlar. Não era nervosismo e sim emoção. Mas fizemos um segundo set muito bom, então dá para elas perceberem que não é nenhum bicho de sete cabeças, que a gente também tem qualidades. Falta experiência, mas vamos trabalhar isso.