
O Sesi entra em quadra com um retrospecto invejável neste ano. Foram sete jogos na Superliga e sete vitórias, com apenas três sets perdidos. Uma das parciais cedidas foi contra o Pinheiros e, as outras duas, no apertado triunfo contra o Barueri, na quarta-feira, quando o time ainda estava na "ressaca" da conquista continental.
Já na Copa Brasil, o Sesi foi finalista, perdendo a decisão para Osasco – a única derrota de 2014. Mesmo assim, o resultado credenciou o time para o Sul-Americano (o rival já tinha vaga garantida, por ser anfitrião do torneio), em que enfrentou mais cinco partidas, com outras cinco vitórias, garantiu o título e uma vaga para o Mundial, que será disputado em Zurique, no mês de maio.
Os resultados mostram uma reação importante para o time que conta com campeãs olímpicas como a central Fabiana e a levantadora Dani Lins. No primeiro turno da Superliga, o Sesi acumulou oito derrotas em 13 jogos e perdeu para todos seus principais rivais (Amil, Osasco, Unilever e Praia Clube).
O técnico Talmo de Oliveira, entretanto, não avalia como ruim o desempenho da sua equipe nesse período, apesar do difícil início na Superliga. Diz que os resultados vieram como consequência das escolhas impostas pelo calendário. Ao mesmo tempo em que o time estreava no torneio nacional, em outubro, também jogava o Campeonato Paulista, que só acabou em dezembro. E ressalta: "Todos nossos objetivos foram cumpridos". A Copa São Paulo, disputada antes do Paulista, terminou com título. No Estadual, veio o vice diante do Osasco.
A central Fabiana, capitã da equipe, admite que o início não foi mesmo bom. "A gente não estava vindo bem na Superliga com o Paulista. Mas depois mudou. Trabalhamos forte, a equipe está super unida, e isso fez diferença. É o resultado de um grande trabalho."
Com a disputa de duas competições ao mesmo tempo, Talmo revezava jogadoras e Fabiana lembra que isso comprometeu um pouco do entrosamento. "No início era aquela coisa, a gente não sabia quem jogava, ficava revezando. Mas agora a gente se encontrou e o time está cada vez mais forte. No treino, está todo mundo querendo mais, confiando mais uma na outra. É isso o que traz resultados."
O objetivo do time, antes de pensar no Mundial, é garantir uma boa posição para os playoffs da Superliga - para isso, a campanha de recuperação é fundamental. No ano passado, o time paulistano ficou na quarta posição, e um pódio ainda é inédito para a equipe iniciada em 2011."Acho que estamos em uma fase boa, crescente", avalia a capitã. "Sei que vacilamos no começo, mas é o que eu digo: ainda bem que vacilamos no momento certo."

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