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Talmo diz que nunca teve medo de perder emprego

O segundo semestre de 2013 foi terrível para o time feminino de vôlei do Sesi. Apesar do investimento especulado em aproximadamente R$ 10 milhões por temporada, a equipe sofreu nada menos que oito derrotas em 13 jogos do primeiro turno da Superliga, o principal campeonato do país. Os resultados negativos diante de clubes bem mais modestos, como o Maranhão e o São Caetano, fizeram com que a equipe corresse sério risco de ficar fora da zona de classificação para os playoffs, ocupada pelos oito primeiros colocados da disputa.

Não bastasse isso, o Sesi ainda perdeu a final do Campeonato Paulista, desperdiçando a chance de faturar o primeiro título de grande relevância em suas três temporadas de existência. Diante de tal cenário, era natural que a saída do técnico Talmo de Oliveira começasse a ser especulada, mas os dirigentes da equipe abdicaram da “mentalidade futebolística” de administração e decidiram manter o levantador campeão olímpico em Barcelona no cargo.

A recompensa veio na semana passada: depois de mais um vice, na Copa Brasil em janeiro, o Sesi finalmente desencantou: mesmo jogando na casa do adversário, impôs um implacável 3 sets a 0 sobre o Molico/Osasco (time que forma a base da seleção brasileira), na final do Campeonato Sul-Americano. O sabor de subir ao ponto mais alto do pódio foi acompanhado por uma vaga no Mundial de clubes, em maio, e pelo sentimento de satisfação do treinador.

O aliviado Talmo garantiu que a demissão nunca foi uma possibilidade concreta em seu trabalho no Sesi, apesar dos resultados abaixo do esperado:

- Em nenhum momento aqui no Sesi foi cogitado para mim o "se ganhar fica, se perder sai". Isso me deu uma tranquilidade grande para trabalhar porque eles sabem o meu dia a dia aqui dentro. Claro que nós buscamos os resultados, mas esta não é nossa única missão. Nós somos o exemplo para todos os atletas e alunos que o Sesi tem espalhados pelo Brasil inteiro.

A série de derrotas no primeiro turno da Superliga obviamente nunca foi vista com tranquilidade por Talmo, mas ele as justifica. De acordo com o técnico, no começo da temporada, o foco do Sesi era a conquista do Paulista, competição onde o time acabou derrotado justamente pelo Osasco na final:

- Todo mundo estava consciente do que estava fazendo e sabíamos que manter o mesmo nível durante toda a temporada é muito difícil. A gente tinha que priorizar algo para depois conseguir crescer também. Foi o que aconteceu na virada do ano

Podendo dar mais atenção à disputa nacional, o Sesi, de fato, se acertou na Superliga. Sem perder desde 7 de janeiro, o time já acumula oito resultados positivos na sequência e chegou ao quarto lugar na tabela, com 38 pontos.  Ainda falta muito para alcançar os 49 do terceiro colocado Unilever, mas o crescimento é inegável, para alegria de Talmo:

- Pelo trabalho e pela equipe, sabíamos que a gente viraria essa situação. Tanto que, nos treinos, o ambiente era muito favorável. Quem nos conhece tinha muita segurança do que nós estávamos fazendo e do que o time iria atravessar. Nunca nenhuma das atletas e nem ninguém deixou de trabalhar, todo mundo treinava com muita pegada, muito atento paras as coisas. As derrotas serviram de uma força muito grande pra gente, foi uma coisa positiva e fez com que o time crescesse

Agora, Talmo está diante de um desafio: além de tentar levar o Sesi a uma inédita decisão da Superliga, programada para 27 de abril, ele precisa começar a se planejar para o Mundial, entre 6 e 11 de maio na Suíça. Difícil saber o que merece mais atenção? Não para o técnico...

- Meu foco é a Superliga. (O Mundial) fica para depois



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