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UPCN volta a frustrar o Minas e está na final

Maurício bloqueio jogo vôlei Minas e UPCN  (Foto: Léo Simonini)

A derrota de certa forma inesperada na final do Sul-Americano do ano passado, quando perdeu por 3 a 0, voltou a assombrar o Minas diante do UPCN. O time começou dando mostras de que daria o troco ao vencer o primeiro set, mas com muitos erros e sem força no bloqueio acabou levando a virada na Arena JK neste sábado. Mas no quarto set, o Minas jogou seu melhor voleibol e levou a decisão para o tie break. Com Filip, o time da casa abriu 9 a 7, porém, sucessivos erros permitiram a recuperação dos argentinos, que contaram com grandes atuações de Ramos, Filardi e, sobretudo, Olteanu, para vencer por 15 a 12 e fechar o duelo em 3 sets a 2, parciais de 22/25, 25/22, 32/30, 21/25 e 15/12.

Muito equilibrado. Assim pode ser definido quase todo o primeiro set da partida entre Minas e UPCN, da Argentina. Com os ataques levando vantagem sobre os bloqueios em quase todas as bolas, o jogo parecia caminhar sua definição para os detalhes. Maurício era o homem de confiança de Marcelinho no início da parcial, e o camisa 5 colocou duas bolas no chão, para deixar os mineiros na frente por 8/7. Na volta da parada, dois pontos seguidos, um deles do brasileiro Théo, colocaram os argentinos na frente. Aí o detalhe que faltava apareceu em favor do Minas, e num bloqueio de Filip, seguida de uma bola de check de Otávio colocaram deixou a vantagem em três pontos. Quando o Minas tinha o jogo na mão, com 21 a 17, uma série de erros, o último de Lucas Loh, recolocou o UPCN no jogo, e num ataque de Filard tudo ficou igual. Mas um erro de Theo, um bloqueio de Henrique e num erro de saque do brasileiro Júnior o Minas fechou em 25/22.

Os argentinos voltaram mais firmes e logo de cara abriram três pontos de vantagem, após uma largada de Filardi. Numa desatenção de Théo, Marcelinho, mesmo mais baixo, levou vantagem na rede e recolocou o Minas na disputa, mas o próprio Théo voltou a explorar o bloqueio para manter a vantagem em dois pontos. A vantagem ficou ainda maior após um erro de Filip e um bloqueio de Júnior sobre Maurício, situações que obrigaram o técnico Ricardo Picinin a parar o jogo. Não surtiu efeito. É verdade que o Minas chegou a ter a chance de empatar em 23 a 23, mas desperdiçou três contra-ataques, o último com Maurício, e viu o UPCN ficar com o set point. E a confirmação do empate veio numa diagonal de Filardi, que devolveu os 25/22.

O terceiro set começou ainda mais equilibrado que os anteriores. Nenhum dos times conseguia se impor, com a marcação cada vez mais forte em Filip e Maurício, de um lado, e Olteanu e Júnior de outro. Théo, quase sempre que acionado por Gonzalez, cometia erros bobos, para desespero dos pais que acompanhavam a partida nas arquibancadas da Arena JK. Na parte final do set, o Minas chegou a abrir dois pontos de frente, em 21 a 19, mas Tjhéo se recuperou e num lindo bloqueio sobre Rapha deixou tudo igual em 22. Depois disso, o Minas teve cinco chances de fechar po jogo e não conseguiu. Quando chegou a 30, os argentinos conseguiram a virada e fecharam no segundo set point que tiveram com o romeno Olteanu: 32/30.

O Minas voltou determinado a não permitir nova derrota no Sul-Americano. Desde o início o time tomou as rédeas da partida, e com Otávio já abriu logo três pontos de frente. O bloqueio, que não vinha funcionando, melhorou um pouco, mas o suficiente para dar sustentação no placar favorável. Filip, com um ace, incendiou o ginásio que demonstrava certo desânimo. Maurício, uma das opções mais usadas por Marcelinho, voltou a colocar a bola no chão. Do outro lado, Theo continuava a cometer erros que geralmente não aconteciam, dificultando ainda mais o trabalho de Gonzalez. Um ace de Júnior ainda deu esperança aos visitantes, mas numa pancada de Maurício o Minas fechou em 25 a 21 e levou o jogo para o set desempate.

O tie brak começou com os times separados por no máximo um ponto. De um lado Filip era o desafogo dos mineiros, enquanto Olteanu vinha como o grande destaque argentino. Mas o tcheco mostrou mais raça e vibração e, com dois ataques, colocou o Minas na frente em 9 a 7. O jogo ficou ainda mais nervoso e o técnico Alberto Armoa recebeu o cartão amarelo, que agora serve apenas como advertência.

E o cartão para o treinador parece ter mexido com a equipe argentina, que após um rally emocionante conseguiu passar à frente pelas mãos de Ramos. A esta altura os nervos dos mineiros pareciam mais abalados, já que foram pelo menos três contragolpes desperdiçados que poderiam ter colocado a vantagem em três. Nitidamente abatidos, os jogadores do Minas não conseguiram voltar para o jogo, e num bloqueio de Molina, que havia entrado só para isso, o UPCN se garantiu na final ao fechar em 15 a 12.

Com o resultado, o UPCN defende o título Sul-Americano diante do Cruzeiro, neste domingo, às 20h30m (de Brasília), novamente na Arena JK, em Belo Horizonte. Antes disso, às 17h30m, um frustrado Minas disputa o terceiro lugar contra os também argentinos do Boca Juniors.



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