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Juliana mira ouro olímpico e gravidez em 2016


Juliana vôlei de praia mundial da Polônia (Foto: Maurício Kaye / CBV)

A lembrança do retorno à seleção brasileira em 2009, após uma grave lesão no joelho direito que a tirou dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, segue cristalina na memória. Afastada por oito meses, Juliana se recuperou e conquistou no mesmo ano o tetra do Circuito Mundial. Era como se fosse a primeira vez com o "manto sagrado". O medo de não jogar em alto nível deixou de ser um fantasma. Ao lado de Larissa, sua parceira por nove anos, a atleta escreveu outros capítulos de sua história. Juntas, elas levaram o hexa do Circuito Mundial, o penta do Circuito Brasileiro e o bronze na Olimpíada de Londres. Também estão no currículo da dupla dois ouros em Jogos Pan-Americanos e quatro medalhas em Mundiais – um ouro, duas pratas e um bronze. Mas a trajetória de Juliana na seleção voltou a ser interrompida depois de um corte polêmico. 

Um ano longe. Juliana foi cortada duas vezes da seleção brasileira, em dezembro de 2012 e em maio de 2013. O motivo foram as críticas ao sistema de rodízio de técnicos e parceiras implantado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para o Circuito Mundial. Fora do torneio, ela disputou uma etapa do Circuito Russo em julho do ano passado, com a anfitriã Maria Prokopieva, e foi campeã em Anapa, às margens do Mar Negro. O futuro era incerto. Há menos de duas semanas, a espera chegou ao fim com a convocação do técnico Marcos Miranda. Vice-campeã do Circuito Brasileiro 2013/2014, a santista vislumbra uma nova era. Ao lado da atual parceira, Maria Elisa, ela defenderá o Brasil nas etapas de abertura do Circuito Mundial, na China: o Open de Fuzhou, de 22 a 27 de abril, e, na semana seguinte, o Grand Slam de Xangai, de 29 de abril a 4 de maio.

É como se fosse a primeira vez. Me sinto como em 2009. Fiquei fora porque lesionei o joelho nas vésperas das Olimpíadas. Queria voltar a fazer o que eu mais amo. Mas aprendi que na vida as coisas acontecem no tempo certo. Estou muito feliz de voltar ao Circuito Mundial"
Juliana

- É como se eu estivesse chegando pela primeira vez na seleção. Me sinto como em 2009, o sentimento é o mesmo. Fiquei fora porque lesionei o joelho nas vésperas das Olimpíadas. Eu acordava e dormia pensando em Pequim e, de repente, tudo mudou. Foi difícil, mas eu voltei. E naquele mesmo ano, a gente foi tetracampeã mundial e, pela primeira vez, a melhor dupla do mundo. O que eu mais queria era voltar para a seleção e fazer o que eu mais amo, que é jogar vôlei de praia. Mas aprendi que na vida as coisas acontecem no tempo certo. Estou muito feliz de voltar ao Circuito Mundial. É o torneio que eu mais gosto, onde estão as melhores atletas e os maiores desafios. O resultado a gente vê em dezembro.

Bem humorada, a jogadora compara a disputa do Circuito Mundial com o "Big Brother Brasil", como se a cada semana houvesse um "paredão" (eliminação de participantes do reality show). 

 - O Circuito mundial se define semana a semana. Eu costumo falar que é igual ao Big Brother (risos), é paredão toda a semana até a decisão. Passamos muito tempo longe de casa, da família e dos amigos, é um sacrifício. Não é só vôlei, tem muita cabeça. Eu fiquei fora no ano passado e confesso que não acompanhei muito. Ainda não sei qual é o cenário que vou encontrar, mas é uma casa que eu visitei muitas vezes e conheço bem. Estou muito feliz e motivada. Me senti acolhida em Saquarema, todos me receberam de braços abertos e estou esperançosa por um ano produtivo. O que vier vai ser maravilhoso e eu espero que seja o melhor possível. Vou trazer tudo o que tem de mim, a minha experiência e as coisas que eu sempre almejei. 

2016: medalha de ouro e gravidez

Quando o assunto são as Olimpíadas do Rio, em 2016, ela não esconde a vontade de representar o país e conquistar a medalha que lhe falta, mas prefere não pular etapas. É um plano futuro, que Juliana gostaria de aliar com outro desejo: o de ser mãe. Ao contrário de boa parte das atletas, que planejam adiar a gravidez para depois dos Jogos, Juliana pensa diferente.

- É claro que eu quero disputar 2016. Querer eu quero demais, assim como todas as jogadoras, mas não depende só de mim. Só de passar pelo Leme, eu já fico imaginando a arena que será montada ali, como nos Jogos Pan-Americanos. Meu sonho é conquistar a medalha de ouro e descobrir a gravidez durante os Jogos. Quase fiquei grávida em Londres, mas fechei a casa. Quero muito ser mãe e ter esse ouro, é o que falta. Se isso acontecer, vou lá no Cristo Redentor agradecer. Mas, ainda tem 2014, 2015... Estou planejando, sem criar expectativas



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