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Murilo teme morar longe de Jaqueline e do filho pequeno


Bebê da Jaqueline e do Murilo vôlei  (Foto: Roni Sanches)

Murilo tinha tudo para não tirar nunca o sorriso do rosto. No seu melhor momento em quadra desde que operou o ombro direito em maio do ano passado, o ponteiro também tem vibrado diariamente com a vida de pai, que ele começou a saborear em dezembro, quando nasceu Arthur, seu filho com Jaqueline, uma das musas do vôlei. Mas é justamente algo envolvendo a sua esposa que tem mudado o semblante do melhor jogador do mundo em 2010. Com a mudança do ranking de atletas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para a próxima temporada, Murilo tem não poder continuar vivendo no mesmo país que a sua mulher e o seu rebento.

A indefinição em relação ao futuro do casal acontece por conta da imposição do limite de duas jogadoras de pontuação 7 em cada time da Superliga feminina na próxima temporada – uma a menos do que a atual. Tal fato vai fazer com que Jaque, que não atuou nesta Superliga por conta da gravidez, não assine um contrato anteriormente combinado com o Osasco, que já conta com as também bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaisa.

– A única opção vai ser ela sair do país. Mas isso dói até de pensar. Não vamos conseguir ficar longe um do outro, ainda mais com filho pequeno. Eu tenho mais um ano de contrato com o Sesi-SP e isso é preocupante, a não ser que a gente queime a língua – disse Murilo.

Ao lado de Jaqueline, o camisa 8 já vem pensando em todas as possibilidades de clubes para a ponteira jogar na temporada 2014/2015. E cada vez fica mais difícil encontrar alguém que possa ter mais uma jogadora de pontuação 7 no elenco ou que possa arcar com o salário acima da média que recebe uma atleta do nível de Jaque.

– Existem quatro grandes investimentos no vôlei feminino brasileiro, que são os times do Sesi-SP, Campinas, Osasco e Rio de janeiro. Destes, Campinas, Osasco e Sesi-SP já têm duas jogadores de 7 pontos. Para a Jaque, só o Rio seria mercado, mas não sabemos se ele vai querer investir alto. Talvez, uma troca entre os clubes possa ajudar, mas não sabemos como vai ser o mercado – explicou ele.

Deixando a preocupação de lado e falando de coisas muito boas, Murilo comentou a alegria de ser pai de primeira viagem.

– Está sendo muito bacana. Ser pai está me motivando bastante. Às vezes, eu vou para casa chateado, porque o dia não foi bom e o treino nao rendeu. Mas é só chegar em casa e esquecer tudo. O Arthur tem um sorriso sem dentes que me deixa com as pernas moles.

Dentro de quadra, Murilo está retomando a sua velha forma. As dores no ombro direito operado há 11 meses estão cada vez menores e, cinco meses após o retorno, ele começar a demonstrar a categoria que lhe conferiu um lugar entre os maiores do mundo. Um bom indício disso é que ele foi eleito o melhor jogador em quadra na importante vitória de terça-feira do Sesi-SP sobre o Campinas que deixou o seu time a uma vitória da final da Superliga.

Murilo comemora um ponto do Sesi-SP na vitória sobre o Cruzeiro (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


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