Alison/Bruno derruba Ricardo/Márcio e fica com o título do Super Praia

A ascensão na temporada era visível. Após dois vice-campeonatos, Alison e Bruno Schmidt tinham finalmente subido juntos ao lugar mais alto do pódio – e por duas vezes. A invencibilidade chegou ao fim pelas mãos de Ricardo e Márcio, mas a revanche veio apenas um dia depois. Na decisão do Super Praia, a dupla de capixabas soltou o braço e não deu chance aos veteranos. Mesmo com a torcida contra, os dois venceram em sets diretos (parciais de 21/19 e 21/15) e sagraram-se campeões do Super Praia.

Um bloqueio de Alison logo no primeiro ponto deu um presságio do que estaria por vir. Em um dia feliz junto à rede, o Mamute amorteceu bola atrás de bola e armou vários contra-ataques. No fundo de quadra, Bruno só faltou comer areia. De um lado para o outro, o atleta mais baixinho em quadra se agigantou na defesa. Com dois bloqueios de Ricardo e várias boas largadinhas de Márcio, os veteranos evitaram uma diferença maior. Mas Alison soltou o braço no momento decisivo e encerrou o papo na primeira parcial: 21/19.

Por erros dos veteranos e méritos dos capixabas, o placar marcou 4 a 0 rapidamente no segundo set. Mesmo com a torcida pegando no pé ao gritar "Alison não sabe levantar", o Mamute ignorou a pressão e continuou absoluto junto à rede. Ricardo perdeu a paciência com os erros seguidos, e ele e Márcio ficaram de expressão fechada, se falando muito pouco até o fim da partida. O time do campeão olímpico até salvou dois championship points, mas Alison liquidou a fatura: 21/15.

Além do troféu, a dupla leva para casa um cheque no valor de R$ 79.950 mil e dois carros de uma montadora chinesa. Este foi o terceiro título seguido da dupla. Após serem campeões dos Jogos Sul-Americanos, os dois faturaram o Open de Maceió, e Alison ainda teve mais uma conquista individual ao ser coroado Rei da Praia pelo quarto ano consecutivo.

- Estamos de parabéns. E o mais legal é que nosso time, apesar das dificuldades, vem aprendendo. Isso serviu de lição pelas finais no começo do ano. A fase de classificação foi surreal. A sensação térmica era de mais de 50 graus. Mas, entramos focados, cabeça no lugar, entramos mais comunicativos, querendo se doar e ajudar um ao outro. Isso foi o mais importante - disse Bruno Schmidt.