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Jogadores de vôlei são obrigados a se adaptar a intervalo gigante imposto pela TV



Quanta coisa pode acontecer no esporte em 11 dias? Muitas, não? Mas, no caso de dois times da Superliga masculina de vôlei, Sesi e Brasil Kirin, a resposta para esta pergunta é: nada. Depois de se enfrentarem pela primeira partida da semifinal da competição, em 25 de março, os jogadores das equipes tiveram que se virar durante todo este tempo para finalmente fazer o segundo jogo, programado para este sábado (5).

O motivo para tamanho intervalo é o mesmo que já conseguiu várias modificações ao vôlei nos últimos anos: a exigência da TV aberta. Foi somente nesta data que a “Globo” aceitou transmitir o duelo que pode levar o Sesi à grande final da competição – o time da capital paulista venceu o primeiro confronto da série melhor-de-três por 3 sets a 1. Necessitando de exposição para os patrocinadores, a solução foi concordar...

Sem nada poder fazer com relação a isso, os jogadores tiveram que se adaptar. Levantador do Sesi, Sandro admite que a situação está longe do que deveria ser, mas tenta achar um lado positivo:

— É um pouco complicado, a gente acaba perdendo o ritmo de jogo (...) Por um lado, é ruim ficar tanto tempo parado, mas por outro é bom porque você também tem um tempo para treinar e se recuperar para um jogo importante como esse

Central do Brasil Kirin, equipe que tenta forçar a realização da terceira partida na segunda-feira (7), Vini acredita que prejudicado mesmo será o Sesi:

— Pra quem ganha é pior do que para quem perde, porque quem saiu vencedor quer ter outro jogo logo, enquanto quem perde precisa de um tempo para assimilar melhorar a derrota e se preparar melhor, recuperar o pessoal fisicamente. Tenho certeza que, para este segundo jogo, vamos estar melhor preparados. Iremos com tudo no jogo.

Para não perder o ritmo, o Sesi até realizou amistosos nos intervalos, ao passo que o Brasil Kirin, cuja sede é em Campinas, está treinando forte há uma semana. Independente de quem vença a série semifinal, porém, há mais um problema pela frente: o outro finalista, o Sada Cruzeiro, conseguiu sua classificação no dia 29. Ou seja: o time mineiro terá pelo menos uma semana a mais de descanso que o rival para a partida decisiva, em 13 de abril.

O levantador cruzeirense William comemora:

— Eu vou poder me preparar melhor, pois tive essa semana sem conhecer o adversário para dar uma forçada na parte física, sem precisar treinar em função deles. Focamos esses dias em nós mesmos.  Talvez a gente perca um pouco mais de ritmo de jogo, mas ganha no físico... No meu caso, está sendo bom.

Vini, por sua vez, lembra que isso vai ser especialmente difícil caso a série vá para a terceira partida:

— É óbvio que a equipe que vencer uma possível terceira partida vai sair em desvantagem na final, já que a parte física conta muito nessa hora. O Sada é uma equipe que já é forte... descansada, então!

Ele, porém, lembra que outros fatores podem ser decisivos na final:

— Tem aquele lance de ser um jogo só, uma tensão grande, nervosismo alto... Acho que quem tiver com o momento psicológico melhor, conseguirá uma grande vantagem também

Sandro, por sua vez, se diz preparado para qualquer situação, mas não esconde o desejo de encerrar a semifinal o mais rápido possível:

— Conseguindo vencer no sábado, vamos ter uma semana de treino e descanso, então não vejo tanta vantagem assim para o Sada. Se fosse um espaço de tempo curto, de dois ou três dias, aí sim eu veria diferença, mas uma semana é um tempo bom para você se preparar para uma final de Superliga.

Fonte: R7



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