Uma dolorida derrota há pouco mais de um ano iniciou uma reviravolta no Sesi-SP, que vai encarar o Cruzeiro na final em jogo único da Superliga masculina, no domingo, às 10h (horário de Brasília), em Belo Horizonte. Ao cair justamente diante do Cruzeiro na semifinal da última edição da Superliga, o clube paulistano decidiu demitir o ex-jogador Giovane Gávio, que treinava a equipe desde a sua criação, em 2009, e contratou três valorizados reforços para tentar ser o campeão da atual temporada. Para isso, foi preciso aumentar o investimento e gastar mais em salários.
Para o lugar do bicampeão olímpico enquanto atleta, o Sesi-SP contratou o treinador com mais títulos da Superliga masculina, Marcos Pacheco, que buscará no domingo o seu oitavo caneco da competição mais importante do vôlei brasileiro. Depois, chegaram três jogadores de muito destaque no cenário nacional. Ele se juntaram aos astros do time, Murilo, Serginho e Sidão. Do Rio de Janeiro, que acabou batendo o Cruzeiro na final da última temporada, veio o central Lucão, titular da seleção brasileira e dono de uma prata olímpica. Também atleta da seleção, o jovem ponteiro Lucarelli trocou o Minas pelo Sesi-SP. Outro contratado foi o gigante Renan, central de 2,17m, que era do São Bernardo. Ao lado de Lucarelli, ele é considerado o maior nome da nova geração brasileira.
– O Sesi-SP foi montado para ser campeão, então essa é a nossa missão – comentou Lucão, que vai buscar o seu quinto título da Superliga.
Ciente da força do seu time, o melhor jogador da última Superliga confia na experiência dele e de seus companheiros para derrotar o Cruzeiro, melhor time da fase de classificação e presente na sua quarta final seguida da competição.
– Nós temos uma equipe com jogadores experientes em finais, não só pela Superliga, como em competições internacionais com a seleção, e sei que vamos estar bem preparados para esse importante jogo. Cada um sabe o que tem que fazer e acredito que não vamos ter tantos problemas em relação a isso – acrescentou Lucão.
Responsável pela indicação dos jogadores, Marcos Pacheco celebra o sucesso até aqui da empreitada rumo ao segundo título da Superliga na história do Sesi-SP, campeão na temporada 2010/2011.
– Para mim, a Superliga começa na contratação. Ali começam os duelos, as disputas dos times por cada jogador. Para construir o time, eu levei alguns fatores em conta, como um time agressivo no saque, grande para bloquear e com várias possibilidades de ataque. Além de ter esses fatores, nós conseguimos montar um time com grandes personagens, que são jogadores da seleção brasileira. Vai ser um jogo muito difícil com o Cruzeiro, mas estamos no caminho certo e podemos ser campeões.
Apesar da força no papel, o Sesi-SP não teve vida fácil para chegar na final. Um dos maiores pontuadores da Superliga, o oposto Evandro quebrou um dedo nas quartas de final e deu adeus ao torneio. Porém, tal lesão abriu espaço para Renan, que foi contratado com pinta de titular, mas encontrava dificuldade para encontrar o seu espaço.
– Eu comecei sem jogar, mas, com a chata lesão do Evandro, acabei tendo a oportunidade. Estou crescendo jogo a jogo e podendo ajudar o time. Cheguei no Sesi-SP e logo vi que é um time que lutaria para ser campeão. Espero que a gente consiga ganhar esse título. Nós vamos lutar muito – disse Renan.
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