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Vôlei Amil mescla experiência e juventude na busca do título da Superliga



Aliar experiência e juventude é uma das fórmulas para o sucesso em esportes coletivos. O técnico Zé Roberto segue essa filosofia à risca no Vôlei Amil e colhe os frutos em quadra. No segundo ano de vida do projeto baseado em Campinas, o treinador chega à segunda semifinal da Superliga. A série melhor de três partidas diante da Unilever começa na próxima semana, ainda sem data confirmada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), e o tricampeão olímpico prepara seu time para usar todas as armas de seu arsenal, independentemente da idade.

No Vôlei Amil não há choque de gerações, mas união de forças. Um exemplo é o playoff das quartas de final. Com Tandara fora para se recuperar da entorse no tornozelo esquerdo, coube a Rosamaria assumir a responsabilidade. E a oposta de 19 anos deu conta do recado. Titular nas duas vitórias por 3 sets a 0 sobre o São Cristóvão/São Caetano, ela marcou 10 e 8 pontos, respectivamente, com direito a troféu VivaVôlei como melhor em quadra na abertura da série. "Contei com o apoio de todas as meninas e isso me ajudou muito nesse momento. O fato de termos atletas mais experientes ajuda bastante, pois elas nos ensinam e incentivam", conta Rosa.

Zé Roberto não abre mão de mesclar o nível de vivência das atletas, formando seu grupo de trabalho com jovens valores de 18 a 20 anos,passando por atletas na faixa dos 25 anos e completando com jogadores na casa dos 30. Tudo isso, garante ele, traz equilíbrio. "As mais antigas passam suas experiências para as mais novas, desde o gesto técnico até a maneira de se comportar dentro e fora de quadra. E isso colabora para que as jovens percebam o caminho para se tornarem grandes campeãs, como as atletas que temos aqui", explica o treinador, referindo-se aos casos de Walewska e Carol Gattaz, as mais experientes do time.

Experiência e liderança - Do alto de seus 34 anos, Walewska soube transformar experiência em liderança. A capitã do Vôlei Amil assume, por vezes, o papel de mãezona. "Eu queria ir para casa, em Varginha (interior de Minas Gerais), na folga do Carnaval. E eu estava com medo de falar com o Zé Roberto porque não tinha passagem de ônibus para voltar a tempo no dia da reapresentação. Então, expliquei o problema para a Wal, que conversou com ele, e deu tudo certo", conta a central Gabi, a caçula do time com 18 anos completados no início de março. "Essa junção de gerações é importante e faz parte do nosso papel ajudar e guiar as mais jovens", resume Walewska.

Assim como Gabi, Rosamaria veio de longe para jogar em Campinas. Natural de Nova Trento, Santa Catarina, a oposta concorda com a importância de ter um colo, mesmo com a mãe biológica distante. "Quando a gente está meio mal, às vezes com problemas dentro de quadra, às vezes fora de quadra, elas sempre têm um conselho para dar", revela a camisa 9 do Vôlei Amil. "Me lembro quando tinha 17 anos e convivia com atletas com quase o dobro da minha idade e de como foi importante essa convivência. Antes tínhamos que amadurecer mais rápido que as meninas de hoje", avalia Walewska.

Carol Gattaz concorda com a capitã. "Hoje, as jogadoras mais jovens tem a vida mais fácil. Brinco dizendo que elas são folgadas. No meu tempo, as veteranas ‘maltratavam’ a gente muito mais", diz, entre risos, a central de 32 anos. E para mostrar que a vida não é fácil e que respeitar a hierarquia é importante, as novatas encaram um verdadeiro trabalho braçal no Vôlei Amil. "A gente sempre escuta: novinha tem que carregar isso! Novinha tem que pegar aquilo! Mas faz parte", entrega Rosamaria. Gabi completa. "Nas viagens, sempre tem colchão de aquecimento para carregar, garrafinha de água para levar, entre outras obrigações. E nós fazemos numa boa."


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